O Breu, a primeira entidade da existência, pairava na completa escuridão do vazio, em sua inexistência silenciosa e quieta. Era uma entidade sem forma ou substância, um ser que estava em constante estado de nada, sem nenhuma noção de tempo ou espaço.
Por eras incontáveis, O Breu permaneceu em sua escuridão, em sua inação completa, sem ter nenhum desejo ou propósito, não sabia do que era capaz e nem mesmo tinha consciência de sua própria existência.
Mas tudo isso mudou quando a Luz Criadora, conhecida como Prima, perturbou o silêncio absoluto do vazio e invadiu a escuridão do Breu com sua luz radiante. Prima era uma entidade de poder imenso, a personificação da criação e da vida, e ela trazia com ela uma energia nunca antes vista no vazio do nada.
O Breu sentiu-se desconfortável com a presença da luz, como se algo dentro dele estivesse sendo despertado. Ele tentou resistir, afastando-se o máximo que pôde da luz de Prima, mas era em vão. A luz havia acendido uma centelha dentro do Breu, uma faísca que começou a crescer e se tornar cada vez mais forte.
A presença de Prima desencadeou uma reação em cadeia no Breu, e ele começou a sentir uma necessidade ardente de criar algo do nada. Foi assim que, pela primeira vez em sua existência, O Breu tomou forma, criando o universo e tudo o que o habita, mesmo sem saber o que exatamente estava fazendo.
Desde então, O Breu tem observado em silêncio a existência que ele próprio criou, mantendo-se afastado e oculto nas sombras. Poucos conhecem sua verdadeira natureza, e menos ainda são capazes de entender o papel que ele desempenhou na criação do universo.
Após criar o universo e dar forma ao caos, a Prima, inspirada pela beleza da luz, criou seres de pura energia luminosa, os quais chamou de Elfos Primordiais, dotados de grande sabedoria e poderes mágicos. A intenção era que estes seres iluminassem o universo com sua luz e sabedoria.
Breu, movido por sua fúria, atacou Prima e conseguiu manchar os Elfos Primordiais com a essência do vazio umbral. Prima, com sua força, o afastou, mas ofereceu-se para restaurar a beleza dos Elfos. Contudo, alguns preferiram permanecer manchados com a essência do vazio, formando a divisão entre os Seres Faéricos, os Seelie e os Unseelie.
Depois de criar os Elfos Primordiais, a Prima sentiu a necessidade de expandir sua criação para além do mundo físico. Com sua energia criadora, ela abriu fendas no tecido do universo, criando portais para outros planos de existência.
O Plano Originário foi o primeiro desses planos criados pela Prima. É um lugar que existe fora do tempo e do espaço, uma dimensão etérea que serve como um ponto de origem para todas as coisas que existem. É a fonte de toda a energia e poder mágico do universo, e é onde os seres Faéricos acreditam que a alma das criaturas é forjada.
Para muitos desses seres, o Plano Originário é a "Terra do Nunca", um lugar mítico de beleza incomparável e magia deslumbrante. É considerado um lugar sagrado e reverenciado por todos os seres faéricos, e muitos acreditam que a Prima ainda reside lá, mantendo sua vigilância sobre as criações que trouxe à existência.
Depois de sua derrota perante Prima, Breu se retirou para os confins da realidade, um plano onde ele poderia ficar em seu estado natural de malícia, escuridão e inação. Esse plano é conhecido como "A Umbra", um reino sombrio e sinistro onde a escuridão é a norma e a luz é uma raridade. É um lugar habitado por criaturas das sombras e onde a presença de Breu é forte, pois ele é a personificação da escuridão. Lá, ele planeja seu retorno e seu ataque contra Prima e seus seguidores.
A influência de Prima na criação de religiões e mitos é sutil, mas poderosa. A Luz Criadora emanou energia e inspiração para os seres criados, incluindo os mortais. Essa energia levou à imaginação e à criatividade, e assim nasceram as primeiras histórias sobre a origem do mundo e dos seres que nele habitam.
Conforme as histórias eram contadas e recontadas, a energia da crença das pessoas começou a se manifestar, dando vida às figuras divinas e míticas que povoam as religiões e mitologias de todo o mundo. A força da crença das pessoas é tão poderosa que é capaz de moldar a realidade, e assim surgiram as divindades, lendas e mitos que ainda perduram até hoje.
Dessa forma, Prima inspirou a criação de religiões e mitos, mas foi a energia da crença dos mortais que os transformou em realidade.
Breu, a essência do vazio e da escuridão, tem o poder de corromper e contaminar outras formas de existência em diferentes planos. Sua presença pode apagar a luz da criação e criar um vácuo de energia negativa em torno dele, que pode influenciar outras formas de vida a se juntarem a ele em sua malícia. Ele é capaz de manipular e corromper a energia dos outros planos, criando um reino de trevas onde a magia e o encanto são inexistentes ou deturpados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário