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quinta-feira, 4 de maio de 2023

A Dança das Megeras na Alvorada dos Tempos

Há muito tempo, perto do início da formação do planeta Terra, um grupo de entidades conhecidas como as "Megeras" emergiu em um plano de existência além da compreensão humana. Elas eram seres etéreos, com aparência alienígena e incompreensível, possuindo tentáculos que se estendiam por todo o corpo e emitiam luz em cores vibrantes e desconhecidas.

As Megeras não eram bem compreendidas nem pelos seres de seu próprio plano, e ainda menos pelos humanos que viriam a surgir na Terra. No entanto, esses seres misteriosos foram atraídos pelo caos e pela energia caótica que estava presente durante a formação do planeta.

Ao se aproximarem da Terra, as Megeras foram fortemente afetadas pela energia caótica, o que levou a uma transformação drástica em sua aparência e habilidades. Seus corpos etéreos se solidificaram e ganharam uma forma mais corpórea, e seus tentáculos se transformaram em membros com garras e dentes afiados.

Com o passar do tempo, as Megeras evoluíram para as criaturas que assombram lendas e contos de hoje, conhecidas como Hags. Elas ainda possuem uma aparência estranha e incomum, mas agora são seres físicos que habitam áreas isoladas e sombrias, usando magia negra para influenciar e amaldiçoar aqueles que se atrevem a entrar em seu território.

Ainda são um mistério para a maioria dos seres, incluindo os humanos, mas aqueles que estudam magia conhecem os perigos de enfrentar uma Hag em sua forma mais poderosa.

As Megeras chegaram na Terra quando esta ainda estava em formação, e seu objetivo era moldar a natureza à sua imagem e semelhança. Elas manipularam as energias primordiais do planeta, se conectando às montanhas, aos rios, aos animais e às plantas. Porém, com o passar do tempo, as Megeras perceberam que a natureza possuía uma energia própria, uma força vital que elas não conseguiam controlar completamente. Então, em vez de tentar dominá-la, elas passaram a nutri-la e a protegê-la.

A conexão das Megeras com a natureza vem da sua própria origem. Elas são entidades de outro plano, que encontraram na Terra um lugar para se estabelecerem. A natureza é sua fonte de energia e vitalidade, e sem ela, as Megeras não conseguiriam sobreviver. Além disso, elas têm um senso de responsabilidade sobre o planeta, por terem sido as habitantes originais daqui.

As Megeras buscam manter a natureza viva porque acreditam que sua sobrevivência está intrinsecamente ligada à sobrevivência do planeta. Elas veem a natureza como um organismo vivo e interdependente, no qual cada ser tem sua função e seu papel a desempenhar. Quando um desses seres é extinto ou desaparece, isso afeta todo o equilíbrio do ecossistema. Por isso, as Megeras lutam para manter a harmonia e a diversidade da vida na Terra.

A dicotomia das Megeras está ligada à sua própria natureza dual. Elas são seres etéreos, que existem em dois planos ao mesmo tempo: o material e o espiritual. Isso faz com que elas tenham uma visão diferenciada sobre a vida e a morte, o bem e o mal, o certo e o errado. Para elas, esses conceitos não são tão claros e definidos como são para os seres humanos. Além disso, a conexão das Megeras com a natureza as fazem ter um comportamento imprevisível. Elas podem ser tanto protetoras quanto destruidoras, dependendo das circunstâncias.

As Megeras sobreviveram e evoluíram até as eras atuais porque são seres imortais. Elas não envelhecem e não morrem naturalmente. Porém, com o tempo, elas passaram a ser vistas pelos seres humanos como criaturas monstruosas e impiedosas, que atacam e devoram crianças ou enfeitiçam os viajantes que passam por suas florestas. Esse estigma fez com que as Megeras passassem a ser caçadas e perseguidas. Algumas delas, como Frau Gothel, Cuca, Baba Yaga e Black Annis, conseguiram se adaptar aos novos tempos e se esconderam em regiões remotas, onde continuam a viver de forma discreta e protegendo a natureza. Outras, no entanto, continuam a ser caçadas e perseguidas, o que as faz se tornarem cada vez mais raras e difíceis de encontrar.

Com o passar dos séculos, as Megeras começaram a se tornar mais territoriais e a competir por recursos, poder e influência. Algumas se estabeleceram em áreas específicas, enquanto outras migraram para novos territórios em busca de novos desafios e aventuras.

Frau Gothel e Baba Yaga são duas das Megeras mais famosas e têm uma rivalidade que remonta a séculos. Frau Gothel é conhecida por sua ardilosidade, e é vista como uma mãe amorosa para muitos. Ela costuma aparecer em áreas civilizadas e centro urbanos.

Já Baba Yaga é uma Megera mais poderossa e controla bem a feitiçaria ancestral, conhecida por seu comportamento excêntrico e seus métodos impiedosos. Ela prefere viver em áreas mais isoladas e inóspitas, como florestas, pântanos ou montanhas. Ela não hesita em usar sua magia para obter o que quer, e muitas vezes é vista como uma ameaça aos humanos.

Uma possível explicação para a rivalidade entre as Megeras é que elas possuem diferentes visões sobre a forma como a natureza deve ser preservada e como os humanos devem ser tratados em relação a ela. Algumas Megeras podem ser mais radicais e acreditar que os humanos devem ser evitados e afastados a qualquer custo, enquanto outras podem ter uma visão mais equilibrada e permitir que os humanos compartilhem os recursos naturais, desde que sejam utilizados de forma responsável.

Além disso, as Megeras também podem ter objetivos pessoais e desejarem ter mais poder e influência sobre as regiões que habitam. Algumas Megeras podem desejar acumular mais conhecimento sobre a magia e a natureza, enquanto outras podem querer expandir seus domínios e obter mais recursos para si mesmas.

Com o tempo, essas diferenças de opinião e objetivos podem ter levado a conflitos e rivalidades entre as Megeras, especialmente quando elas habitam regiões próximas ou disputam recursos limitados. E, como criaturas territoriais e protetoras da natureza, elas podem ter visto esses conflitos como uma maneira de defender seus territórios e garantir a sobrevivência de suas próprias espécies.

O Grande Evento de 1610, A Grande Guerra Megera, pode ter sido um exemplo extremo desse conflito, no qual várias Megeras lutaram por territórios e recursos. No entanto, esses conflitos podem ter ocorrido em diferentes escalas e intensidades ao longo dos séculos, como uma consequência natural da rivalidade e diferenças entre essas criaturas místicas.

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