terça-feira, 26 de setembro de 2023

Império Cinza - Segunda Temporada Episódio 4 ou 3.

Cutscene Inicial - Conflito nas Neves.

No coração das majestosas Montanhas de Gélia, onde o gelo e a neve formavam uma paisagem gélida e deslumbrante, erguia-se um dos incontáveis Fortes do Lorde Edmond Barba Azul. As suas imponentes muralhas, construídas com madeira robusta e pedra maciça, pareciam desafiar a própria natureza, projetando-se como um colosso contra o cenário nevado. Este bastião de poder era controlado pelo temível Lorde Edmond Barba Azul, um poderoso tirano que há muito havia se infiltrado nas profundezas de Farngomery.

Dentro dos limites das muralhas, um dos Bleuchers, um mercenário leal contratado como força bélica, repousava exausto após um extenuante dia de patrulha pelos arredores do Principado das Neves. Aconchegava-se perto de uma fogueira que lançava sombras hipnotizantes sobre as paredes de madeira, uma chama frágil em contraste com a rudeza da fortaleza. Seu cansaço era tangível, enquanto ansiava por um breve descanso.

Mas a tranquilidade fugaz foi abruptamente quebrada quando seus olhos se arregalaram perante a visão de um camarada Bleucher que se aproximava, segurando um prato de comida com esperança nos olhos. A promessa de um momento de alívio pairava no ar, mas antes que qualquer palavra pudesse ser trocada, o mundo ao redor deles desmoronou em um caos terrível.

Um estrondo ensurdecedor ecoou pelos corredores do forte, e o amigo do Bleucher foi lançado pelos ares quando um projétil de canhão rompeu as supostamente inabaláveis paredes de madeira e pedra, como se fossem meros papéis. O som de sua agonia foi abafado pelas chamas que rapidamente engoliram tudo ao seu redor.

A invasão havia começado.

Os soldados a serviço do Rei Vilão, Stephane de Dunateaux, avançavam na direção do forte com uma determinação fria e inclemente. Vestidos em uniformes negros como as sombras noturnas, eles marchavam com estandartes sombrios tremulando ao vento gelado. Os Bleuchers precipitavam-se para se armar, suas expressões nervosas espelhando a crescente tensão que saturava o ambiente.

A batalha se desencadeou nos arredores do forte, em meio ao terreno montanhoso coberto por uma camada de neve imaculada. O cenário, poucos minutos antes pacífico e sereno, agora se metamorfoseara em um campo de batalha caótico e sangrento. Homens gritavam, espadas se chocavam com violência e balas cortavam o ar frio como serpentes de morte. A neve sob seus pés se tornava rapidamente tingida de vermelho, absorvendo o tributo macabro da luta.

O conflito desdobrava-se com brutalidade e inexorabilidade. Os soldados de Stephane pressionavam incansavelmente contra as defesas do Forte Barba Azul, enquanto os Bleuchers lutavam com fúria desesperada para proteger o que pertencia ao seu senhor.

Enquanto a batalha se desenvolvia, o terreno montanhoso servia tanto como obstáculo quanto como vantagem tática para ambas as facções. Colinas íngremes e ravinas traiçoeiras proporcionavam cobertura e oportunidades para emboscadas, lançando uma sombra imprevisível sobre o combate.

O rugido da batalha ecoava pelas majestosas Montanhas de Gélia, uma cacofonia de metal contra metal, gritos de homens e o uivo cruel do vento gelado. Enquanto o Forte Barba Azul resistia ao feroz ataque, o destino do território em uma corda tensa, aguardando para ser decidido no calor inabalável da batalha que se desenrolava nas Montanhas de Gélia.

Parte 1 - Reunião.

4 de Março de 1626 - 13:28 - Muros internos de Mantille.

Após os tumultuosos eventos que os separaram por um breve período, os Heróis finalmente se encontram novamente. O local desse reencontro pode ser o Castelo de Farngomery, onde muitos dos planos e decisões são discutidos, ou talvez em uma acolhedora estalagem, onde podem compartilhar histórias e relaxar um pouco.

Christof e Jack retornam da palestra em Himmlischeke, carregando consigo as informações e conhecimentos compartilhados pelo ilustre Hector Vila-Mansa. Artemis e Drake, por sua vez, triunfaram sobre a instável Madame Agatha Vessante, garantindo a segurança de seu amigo Drake e afugentando a ameaça circense que os rondava. Schnee e Fransisco emergiram da sombria caverna do Arcebispo, onde desvendaram segredos obscuros, enfrentaram inquisidores e testemunharam o sofrimento do misterioso unicórnio.

Agora, com os Heróis reunidos, o espaço é deles para iniciar uma interação. As experiências que viveram, os segredos que descobriram e os perigos que enfrentaram aguardam ser compartilhados e discutidos. Cada um deles traz consigo uma parte do quebra-cabeça que é a história de Farngomery, e juntos devem decidir os próximos passos em sua jornada para enfrentar o desconhecido.

(Interação)

Nota ao Mestre.
Relíquia tentou ser roubada enquanto eles estavam fora. Guardas Feridos. 
Faça uma cena com Lewden indo até a Companhia do Feijão. E devolvendo a Relíquia, ela deve falar que não sente que ela é segura naquele palácio. E pede para que eles a guardem até que eles descubram oque está acontecendo.

Nota ao Mestre.
Durante a interação, é importante que eu (como Jack Horner) relembre aos meus companheiros da Companhia do Feijão sobre a nossa parada planejada na Cidade Alva, localizada a dois dias e meio de viagem de carruagem ao norte de Farngomery. Fomos gentilmente convidados pela Princesa Branca de Neve para um encontro. Este encontro representa uma oportunidade valiosa para expandirmos nossos contatos e alianças, especialmente em tempos tão desafiadores para Farngomery. A Princesa Branca de Neve pode se tornar uma aliada crucial em nossas futuras empreitadas, incluindo a luta contra as ameaças que enfrentamos.

Os Heróis devem partir por volta das 15:00.

Parte 2 - Jornada a Cidade Alva.


6 de Março de 1626 - 20:33 - Proximidades da Cidade Alva.

Conforme a carruagem dos heróis seguia pela estrada que os levaria até a Cidade Alva, passaram pelo desvio que os mantinha longe da zona de conflito entre o Rei Stephane e Barba Azul, que havia sido narrada na cutscene inicial. Ao longe, conseguiram vislumbrar um dos fortes que outrora pertencera ao Barba Azul, agora parcialmente destruído pelas forças do Rei Stephane.

A visão do forte danificado era impressionante e, ao mesmo tempo, assustadora. Grandes partes das paredes de madeira e pedra haviam sido reduzidas a destroços fumegantes. Os estandartes do Barba Azul, que outrora tremulavam com orgulho, jaziam no chão, sujos e rasgados. A destruição era um lembrete vívido do conflito que grassava naquela região montanhosa e coberta de neve.

Enquanto a carruagem avançava, Jack Horner, sempre atento, notou a mudança no cenário e a gravidade da situação. Ele decidiu conversar com o cocheiro, um homem de aspecto rústico e experiente que manobrava as rédeas dos cavalos.

"Meu amigo", disse Jack, "parece que estamos evitando uma zona de conflito por aqui. Há algum desvio seguro que podemos tomar para evitar problemas?"

O cocheiro suspirou profundamente, lançando um olhar sombrio em direção à Necrópole de Glasglanz, a área amaldiçoada que margeava o caminho. Ele respondeu com uma voz áspera: "De fato, senhor. Há um desvio, mas não é o caminho mais fácil. A Necrópole de Glasglanz é um lugar maldito, e os riscos são muitos. Vou lhes poupar dos detalhes sórdidos, mas é justo dizer que poucos se aventuram por lá sem uma boa razão."

Jack ponderou por um momento e então olhou para seus companheiros, preocupado com a escolha que estava prestes a fazer. "Muito bem," ele assentiu finalmente. "Vamos pelo desvio. Quanto será necessário para compensar o risco que você está tomando ao nos levar por esse caminho?"

O cocheiro ergueu uma sobrancelha e respondeu com um sorriso malicioso: "O dobro do preço original, senhor. Eu odeio passar pela Necrópole de Glasglanz, e acredite, o risco vale a pena."

Jack concordou, e eles continuaram pela estrada menos viajada, deixando para trás o cenário destruído do forte de Barba Azul enquanto se aventuravam na sombria Necrópole de Glasglanz.

Necrópole de Glasglanz.

Nas proximidades da Cidade Alva, erguia-se a sombria Necrópole de Glasglanz. Uma vez parte da nação de Ritterland, este local agora estava abandonado e ganhara uma sinistra reputação de ser assombrado por espíritos vingativos. A Necrópole era, em essência, uma cidadela que servia como o descanso eterno de diversas almas valorosas das antigas gerações da nobreza de Ritterland. No entanto, os tempos mudaram e, sob o reinado de Grimilda, esse local sagrado fora deixado à própria sorte. Os saqueadores mais destemidos não hesitaram em perturbar o sono eterno dos antigos cavaleiros e membros da realeza que ali repousavam.
Construída na encosta de uma das famigeradas Montanhas de Ritterland, a Necrópole se estendia pelas proximidades, formando um grande complexo de dezenas de criptas e mausoléus. O que a tornava ainda mais intrigante era parte de sua decoração, feita de um material peculiar que parecia ser uma espécie de vidro, emitindo um brilho próprio à luz das estrelas.

Poucos sabiam que esse material tinha uma origem singular. Séculos atrás, quando grandes asteroides caíram na área que hoje compreende os Montes de Ritterland, os anões locais utilizaram o arenoso material dos cometas para confeccionar objetos de vidro especial que brilhava sob o manto estelar. Vitrais, janelas, maçanetas e outros artefatos foram forjados com esse material, que ficou conhecido como Glasglanz.

Em um gesto notável, os anões decidiram criar nove belos caixões de vidro com o último dos asteroides, um presente peculiar para o povo humano. Contudo, os registros históricos eram vagos sobre os motivos desse gesto nobre dos anões. Dos nove caixões de vidro, atualmente só se conhece a localização de quatro deles. Dois estavam na Necrópole, um estava sob a custódia do Conselho dos Sete Anões em Winterkuss, e o último se encontrava na Escola de Zielkfrat.

Um aspecto intrigante desses caixões de vidro era a capacidade de mudar a coloração de seu brilho de acordo com determinada fase da lua. Em momentos específicos, eles deixavam de emitir o brilho alvo costumeiro para assumir uma tonalidade dourada, acrescentando um mistério a esses artefatos únicos.

A Necrópole de Glasglanz apresentava uma rica exibição de itens de Glasglanz, com portas ornamentadas das criptas e outros elementos decorativos feitos desse material. Atualmente, a região da Necrópole raramente via a presença de saqueadores ou qualquer outra alma viva nas proximidades. Isso se devia, em grande parte, aos rumores infundados espalhados pela Escola de Zielkfrat, que difundia a fama do local como o mais amaldiçoado de Farngomery. Na verdade, a escola fazia uso daquele local como um "ponto de coleta" para a matéria-prima de seus ungentos, ocultando assim a verdadeira natureza da Necrópole de Glasglanz.


Quando os Heróis chegaram à Necrópole de Glasglanz, depararam-se com uma visão desoladora de destruição. As ruínas dos mausoléus e criptas, uma vez majestosas e imponentes, agora jaziam parcialmente destruídas. Pedras e vidro quebrado se espalhavam pelo solo nevado, testemunhando a violência dos recentes eventos que haviam assolado o local. O cenário sombrio e caótico era uma representação vívida do tumulto que havia se abatido sobre a Necrópole.

No meio das sombras que pairavam sobre as ruínas, surgiu a figura macabra da Rainha Grimilda. Seus cabelos escuros, olhos penetrantes e vestes negras eram um contraste sombrio com o cenário nevado e destruído. Ela caminhava com uma presença dominadora, seus passos ecoando no silêncio sepulcral das ruínas.

A Rainha Grimilda, com um sorriso sardônico nos lábios, dirigiu-se aos Heróis em um tom de voz soturno, carregado de ameaça e desafio. Seu discurso era uma exposição das mentiras da Escola de Zielkfrat e uma revelação sobre como o mundo estava sob o domínio dos homens, um domínio que ela pretendia subverter.

"Olá, vermes.", começou Grimilda, sua voz ecoando entre as paredes quebradas. "Parece que o destino liga nossos caminhos mais uma vez." Ela para e aguarda a resposta dos Heróis, ela percebe o olhar deles percorrendo as ruínas de Glasglanz. "Gostaram da nova decoração? As mentiras de Zielkfrat foram expostas, e o que vocês veem ao redor é o resultado da revolta que foram aquecidas pelas suas artimanhas sujas."

(Interação)

Ela ergueu um dedo pálido e acusador na direção dos Heróis, seus olhos faiscando de intensidade. "O mundo está nas mãos dos homens, das mentes pequenas e dos corações corruptos. Eles o moldaram à sua imagem, mas eu não ficarei de braços cruzados enquanto Farngomery definha sob seu domínio."

A Rainha Grimilda avançou lentamente em direção aos Heróis, seu olhar fixo neles. "Eu pretendo mudar o destino desta nação. E vocês, meus queridos Heróis podem escolher se afastarem enquanto cumpro meu dever ou perecerem junto ao resto."

(Interação)

Grimilda, depois de concluir seu monólogo soturno e ouvir as acusações dos heróis, soltou uma risada macabra que reverberou pelas ruínas desoladas. Seus olhos brilharam com uma intensidade sobrenatural enquanto ela retirava um punhal afiado da manga de suas vestes negras. Com um gesto sinistro e rápido, ela cortou seu próprio braço profundamente, e seu sangue escuro e rubro jorrou da ferida.

O sangue peculiar de Grimilda, viscoso e de um tom escuro, caiu na neve e na terra, misturando-se ao ambiente. Enquanto o sangue dela se mesclava com a neve, a Rainha proferiu palavras antigas e enigmáticas em uma língua há muito esquecida.

Um tremor começou a sacudir o solo sob seus pés, e as ruínas da Necrópole de Glasglanz pareciam acordar de um sono profundo. Lentamente, porém com força inexorável, a terra começou a se mover e se erguer, como se uma mão gigantesca estivesse emergindo das profundezas.

Do interior das entranhas da terra surgiu uma figura amedrontadora, uma criatura draconica, quadrúpede e majestosa, lembrando um dragão sem asas. Seu corpo era apenas uma ossada coberta por detritos e resto de pele morta.

Era uma espécie de draconídeo, uma criatura ancestral e lendária que há muito tempo descansava nos subterrâneos da necrópole. Seus olhos brilhavam com uma luz sobrenatural, e ele avançou com determinação, como se estivesse sob o controle absoluto da Rainha Grimilda. Sua presença era imponente e ameaçadora, e os heróis se encontraram diante de um desafio que parecia saído de um pesadelo.

(Sequência de Ação)
Rainha Grimilda.- 17
O Draconídeo. - 8 

Momentos para Narrar para Grimilda:

• Enquanto a batalha se desenrolava com fúria ao redor, Grimilda observava silenciosamente, sua presença nefasta pairando sobre o campo de batalha. Ela interferia apenas ocasionalmente, mas quando o fazia, seus atos tinham um impacto notável. Seus olhos frios acompanhavam os Heróis, que lutavam com determinação contra as forças do Draconídeo do Barão de Roterhafen.

• Em um momento crítico, quando o Draconídeo parecia prestes a sucumbir sob os ferimentos infligidos pelos Heróis, Grimilda estendeu sua mão. Uma aura sombria a envolveu enquanto ela sussurrava palavras antigas e arcanas. Uma onda de energia negra se espalhou da Rainha até o Draconídeo, envolvendo-o como um manto de sombras escarlates. As feridas do dragão começaram a se fechar, e sua força retornou gradualmente.

• Da mesma forma, Grimilda também se aproximou das criptas e mausoléus, seus dedos ossudos traçando padrões profanos no ar. Os mortos-vivos que ali descansavam foram revividos por um instante, lutando ao lado das forças do Draconídeo. As tumbas antigas se abriram, e espectros de guerreiros de épocas passadas se ergueram para enfrentar os heróis.

Final da Sequência de Ação:

No clímax da batalha, Grimilda focalizou seu poder sombrio nos vitrais que adornavam as câmaras da Necrópole de Glasglanz. Seus olhos brilharam com uma intensidade ameaçadora enquanto ela proferiu a palavra "Igni". O sangue que manchava as vidraças estilhaçou em mil pedaços afiados, projetando-se em direção aos heróis como flechas mortais prontas para perfurá-los.

No entanto, no último momento, um bater de asas cortou o ar com rapidez surpreendente. Uma coruja majestosa apareceu diante dos destroços de vidro e, com um movimento fluido, transformou-se no poderoso feiticeiro Merlin. Seu cajado, entalhado com runas misteriosas, bateu no chão em um gesto de autoridade.

A magia de Merlin ressoou através do solo, e a areia negra começou a se formar a partir dos fragmentos do vidro. Ela caiu suavemente no chão como uma chuva negra, sem causar danos aos Heróis. A demonstração de magia sutil e poderosa do feiticeiro não apenas quebrou o ataque da Rainha Grimilda, mas também a deixou momentaneamente sem palavras.

Enquanto o silêncio se estabelecia, Merlin permaneceu ereto, sua expressão séria e seus olhos fixos em Grimilda. Era um momento de equilíbrio tenso, onde o poder sombrio da Rainha das Sombras havia sido neutralizado pela magia sutil do feiticeiro. Ambos os lados se observaram com desconfiança, cientes de que o conflito estava longe de terminar, mas, por enquanto, um impasse havia sido alcançado.

Grimilda lançou um olhar de desdém para Merlin, sua voz carregada de cinismo. "Mais um homem superpoderoso e arrogante tentando me deter", ela proferiu com um toque de sarcasmo.

Merlin, imperturbável diante do desdém, respondeu com serenidade: "Você me lembra minha última protegida, cega pelo poder e desejando uma vida de luxúrias."

A rainha das sombras, ainda desafiadora, deu alguns passos na direção do velho feiticeiro. "E quem seria você? Com certeza não um dos Hexanos de Zielkfrat...", ela murmurou enquanto seus olhos examinavam o intruso. "Pelo que vejo, sua instrução é muito mais nas linhas ancestrais Merlinianas de Luthia... Aliás, está de parabéns. Ótimo domínio do feitiço de Transfiguração, creio que tenha se baseado no Gwerthu Natura... Técnica extraordinária."

Merlin, com humildade que contrastava com o poder que emanava, respondeu: "Ora... eu espero que tenha sido satisfatória. Afinal de contas, fui eu quem criei seus fundamentos."

Em um momento de lucidez, a verdade da situação se manifestou na mente da Rainha Grimilda. Ela percebeu o peso das palavras de Merlin, como se ele tivesse penetrado em sua alma. Um calafrio percorreu sua espinha, e o orgulho que antes a sustentava começou a se dissipar, substituído pelo temor.

"Não... Não pode ser...", Grimilda murmurou, seus olhos se arregalando de reconhecimento. A figura diante dela era inconfundível: o lendário Mago Merlin, uma lenda que havia transcendido gerações. "Você é..."

"Merlinus Ambrosius Emrys Merydin de Issex... As suas ordens Majestades." Disse Merlin em uma reverência zombatória.

O medo a envolveu, e a Rainha das Sombras, outrora destemida, se sentiu subjugada pelo poder e sabedoria do mago. Ela percebeu, com angústia, que suas tramas sombrias eram insignificantes diante do legado de Merlin.

Antes que alguém pudesse reagir, Grimilda deu meia-volta e fugiu, suas palavras de despedida ameaçadoras ecoando pelo ar. "Isso não acabou aqui...", ela sussurrou, deixando uma promessa sinistra pairando no ar. Merlin permaneceu em silêncio, observando-a partir com uma expressão séria. Sabia que o destino da Rainha das Sombras ainda estava em aberto, e que, em algum momento, seus caminhos se cruzariam novamente. Grimilda rasga a realidade como Porté e vai embora daquela cena.

Após a batalha, Merlin, com uma expressão calma e sábia, aproximou-se dos heróis. Seus olhos vasculharam o grupo, demonstrando um interesse genuíno por cada um deles. Seu olhar recaiu sobre o bastão de caminhada de Fransisco, e um brilho curioso se acendeu em seus olhos.

Chamado Arcnao.

"Vocês são verdadeiramente notáveis", ele comentou, seus olhos fixos no bastão. "Este bastão... Seu cheiro... De onde o adquiriu?"

(Interação)

"Este lugar que descreveu pode parecer, à primeira vista, fruto de um sonho, meu jovem, mas ele é real. Muito real... Pelo que descreveu parece ter sido um dos locais de criação da grande Lurlline... O pouco que seii sobre essa Arquifada já me impressionou..." Merlin disse, enquanto se apoiava em uma pedra larga para aliviar o peso de seu corpo envelhecido. "Antes de vir atrás de vocês, estava procurando tais informações... E descobri sobre os relatos em textos antigos... Um local antigo, fundamentado em magia bruta, criado pelos caprichos dessa Arqui-Fada."

Ele fez uma pausa dramática antes de prosseguir, como se estivesse saboreando cada palavra. "É um mundo fascinante, repleto de maravilhas e perigos. A maioria dos registros em que ele é mencionado apenas o refere por meio de duas letras." Merlin então usou seu cajado para desenhar um círculo na neve, e dentro desse círculo, a letra "Z". "Conhecido como 'Oz', este é um dos lugares que literalmente pulsam com magia. Cada pedacinho dele está impregnado com energia mágica."

Com entusiasmo, Merlin se aproximou de Fransisco, seus olhos brilhando intensamente. "Seria verdadeiramente incrível se você conseguisse, de alguma forma, retornar a esse mundo, explorar suas profundezas mágicas. As passagens... Existem fendas imperceptíveis capazes de nos transportar para novas localizações, novos planos de existência."

(Interação)

Merlin então introduziu algo que parecia ser um pedido urgente. "Se você decidir embarcar nessa proposta e, de alguma maneira, tiver a chance de ir para Oz, eu imploro que procure as Grandes Feiticeiras e Bruxas daquele lugar. Elas são mulheres poderosas, capazes de fazer um mago experiente como eu parecer um mero mágico de truqeus baratos. Especialmente a Feiticeira de Rubi, uma das mais poderosas entre elas. Elas podem ser nossa única esperança nestes tempos sombrios que enfrentamos."

Merlin encarou Fransisco com seriedade, ciente de que a busca por conhecimento poderia conduzir a aventuras incríveis, mas também a desafios inimagináveis. "O futuro é incerto, mas saiba que estou à disposição para auxiliar no que for possível. A busca pelo conhecimento é uma jornada constante, e por vezes, é necessário explorar os confins de outros mundos para expandir nossos horizontes mágicos."

Parte 3 - Chegada a Cidade Alva.


Dia 7 de Março - 8:34 - Chegada na Cidade Alva.

À medida que os Heróis retornavam a Alva, puderam notar várias diferenças em relação à última vez que estiveram na cidade. Antes, eram estranhos, passando despercebidos nas ruas movimentadas. Agora, a recepção era completamente diferente.

As pessoas nas ruas não só reconheciam os Heróis, mas também os saudavam com entusiasmo. Os mercadores que antes nem mesmo se dignavam a olhar em sua direção agora acenavam e ofereciam suas mercadorias com um sorriso. Os guardas da cidade não mantinham mais uma postura rígida; em vez disso, cumprimentavam os Heróis com respeito e reverência, permitindo-lhes passar sem qualquer questionamento.

Enquanto os Heróis avançavam pelas ruas da cidade de Alva em direção ao majestoso castelo, não puderam deixar de notar os estandartes das comitivas de Barba Azul que adornavam alguns dos edifícios ao longo do caminho. Os símbolos do Vil Lorde, uma presença que antes era quase imperceptível na cidade, agora estavam mais evidentes do que nunca. Era uma clara indicação de que Barba Azul estava ampliando sua influência política nas redondezas, e a intriga política estava mais densa do que nunca naquele momento crucial.

Ao olhar para o alto da colina, onde o castelo de Alva se erguia majestosamente, os heróis podiam ver que a bandeira real tremulava com ainda mais dignidade do que antes. Era uma demonstração de que a princesa estava ansiosa para recebê-los. Enquanto caminhavam pelas ruas da cidade, era claro que agora eram tratados como convidados de honra. 

A medida que se aproximavam do castelo, uma guarda de honra os esperava, vestida com uniformes impecáveis e portando lanças brilhantes. Eles saudaram os heróis com uma saudação militar, e as portas do castelo se abriram para revelar a Princesa Branca de Neve, vestida com um elegante traje. A atmosfera estava carregada de respeito e admiração, pois os heróis se preparavam para entrar no castelo como convidados de honra da princesa. Algo havia mudado desde sua última visita, e agora eles estavam no centro das atenções em Alva, prontos para enfrentar os desafios e aventuras que os aguardavam.

A Princesa Branca de Neves se aproximou de seus convidados, seus olhos se iluminando com alegria sincera quando os heróis entraram. Seu vestido impecável e cabelos negros como ébano estavam tão deslumbrantes quanto da última vez, e sua presença irradia a classe e a eloquência esperadas de uma figura da realeza.

"Meus caros, é uma alegria indescritível vê-los novamente em Alva", ela começou, sua voz suave e calorosa. "Sinto-me aliviada com sua chegada segura."

Havia um brilho de gratidão em seus olhos, mas algo mais estava oculto, escondido nas sombras de sua expressão. No entanto, ela continuou com um sorriso encantador.

"Como na última vez, vocês serão hospedados nos mesmos quartos que preparei para vocês. Espero que estejam confortáveis e que considerem o castelo como sua segunda casa."

A Princesa Branca de Neve lançou um olhar significativo aos heróis, como se soubesse de algo que eles não, mas não deixou transparecer suas preocupações.

"Peço que descansem da viagem e recuperem suas forças. Logo após o pôr do sol, estarei à disposição para nos reunirmos e discutirmos o motivo de sua convocação."

Seus olhos escuros encontraram os dos heróis, como se buscasse uma resposta que eles ainda não haviam dado.

"Para celebrar sua chegada e aproveitar a oportunidade de todos estarmos reunidos, vocês estão cordialmente convidados para uma festa particular com os membros da corte. Ela acontecerá no Salão de Jogos e Socialização às 21:00."

A Princesa Branca de Neve concluiu suas palavras com um gesto gracioso da mão e um sorriso encorajador, antes de voltar ao castelo, deixando os Heróis com uma sensação de que algo mais estava acontecendo nos bastidores do castelo de Alva.

Interações no Castelo:

As Ações de Barba Azul - Qualquer Horário.
Dentro dos suntuosos salões do castelo Winterkuss, a atmosfera estava carregada de fofocas e rumores que circulavam entre os nobres da corte. Conversas sussurradas e olhares intrigados eram comuns, e um tópico dominava todas as discussões: a ascensão de Barba Azul no Principado das Neves. Os nobres comentavam sobre como o Lorde, conhecido por sua brutalidade e riqueza, expandia sua influência cada vez mais, não apenas em seu território, mas também em áreas distantes.

Alguns membros da corte, intrigados com a perspectiva de uma liderança forte e intransigente, pareciam até mesmo agradar-se com a ideia de alguém tomando as rédeas de Farngomery após o desaparescimento do Príncipe Henry. Para eles, a estabilidade e a ordem que Barba Azul supostamente traria aos tumultuados tempos eram razões suficientes para apoiá-lo. No entanto, muitos outros viam a ascensão de Barba Azul com desconfiança, preocupados com as implicações de um líder tão enigmático e temido. As fofocas e especulações ferviam, criando uma tensão palpável entre os nobres e servindo como um pano de fundo intrigante para os eventos que se desenrolariam no castelo.

(Interação).

Convite para Condecoração. -10:00

A cena se desenrola em uma suntuosa sala de audiências do Castelo Winterkuss, onde os heróis são recebidos pela Princessa Branca de Neve. A sala é iluminada por candelabros dourados, com tapeçarias ornamentadas que adornam as paredes. A Princessa, vestida com um elegante traje de seda branca e azul, aguarda com dignidade em seu trono de marfim.

Com um tom de voz sério e preocupado, a Princessa Branca de Neve começa a esclarecer o motivo de seu convite. Ela fala com eloquência, explicando que deseja nomear os heróis como "Agentes da Coroa da Cidade Alva". Essa nomeação seria acompanhada pelo título honorário de cavaleiro, um reconhecimento de sua bravura e habilidades excepcionais.

"Em tempos de incerteza como este, precisamos de heróis corajosos para nos defender", diz ela, olhando para cada um dos heróis com gratidão. "Com a recente ressurreição de minha madrasta nosso Principado das Neves está em estado de pânico. Ela já dominou estas terras uma vez, antes do Príncipe Henry reivindicá-las para si e estabelecer um novo território para Farngomery."

A Princessa pausa por um momento, seus olhos azuis refletindo a preocupação profunda. "Sem o Príncipe Henry, temo que a cidade possa ser alvo de forças invasoras, incluindo Grimilda. Precisamos de aliados corajosos e leais, pessoas dispostas a lutar pela segurança de nosso povo e a manter a paz que tanto valorizamos."
O Valhacouto do Falcão.

Ela faz uma pausa solene antes de oferecer uma proposta tentadora. "É por isso que estou lhes fazendo esta oferta. Se aceitarem se tornar Agentes da Coroa, receberão uma casa como base de operações, localizada na cidade, e ela será abastecida mensalmente com suprimentos, roupas e criados para auxiliá-los em sua missão. Ela é conhecidda como "Falkenhorst" (O Valhacouto do Falcão)

(Interação)

A Princessa Branca de Neve, com um pouco de preocupação nos olhos, continua sua explicação. "Além disso, à medida que a incerteza cresce, percebo que a população está começando a se voltar para seus próprios heróis na ausência do Príncipe Henry. Muitos nobres e até mesmo plebeus estão buscando refúgio em nomes mais radicais, como o Lorde Edmond Barba Azul, esperando encontrar alguém que possa tomar as rédeas da situação."

Ela suspira profundamente, revelando a pressão que recai sobre seus ombros. "Nossa cidade enfrenta uma divisão crescente, e acredito que, com heróis de sua estirpe, podemos unir nossa cidade e manter a paz que tanto valorizamos. Precisamos de um símbolo de esperança, e vocês podem ser esse símbolo."

A Princessa Branca de Neve faz uma pausa e olha para cada um dos heróis, esperando que compreendam a gravidade da situação. Ela acredita que eles têm o potencial de desempenhar um papel crucial na estabilidade de Farngomery e proteger seu povo dos perigos iminentes.

No Valhacouto do Falcão. - Qualquer Horário depois das 10:00

Os heróis, após receberem a proposta da Princesa Branca de Neve e obterem informações valiosas sobre a situação delicada na cidade, decidem verificar o "Valhacouto do Falcão". Seguem então para a casa, e o valete e castelão de Winterkuss, Tomislav Vólic, os acompanha para mostrar as redondezas e garantir sua segurança.

Ao chegarem ao Valhacouto, o grupo rapidamente percebe algo fora do comum. A casa parece ter recebido visitantes indesejados, com pratos e copos sujos na cozinha e a lareira ainda acessa. A situação fica ainda mais estranha quando eles entram nos quartos e notam que todas as camas de Schnee e Fransisco parecem ter sido usadas. A tensão aumenta quando chegam ao quarto de Artemis e veem alguém deitado sobre os lençóis. O valete fica apreensivo, pensando se tratar de um invasor.

Os heróis interagem com a cena, e ao retirarem os lençóis da cama, revelam Gisselle Graham, a garotinha de cachinhos dourados que haviam salvado da ilha de Barba Negra alguns meses atrás. Ela acorda assustada, mas ao perceber que se tratam dos heróis, sua expressão se acalma.

"Ah! São vocês... Que bom. Olha, desculpem a bagunça, eu realmente não pretendia ficar muito tempo, mas aí eu acabei ficando... e ficando... ai quando eu vi já estava morando aqui!"

O valete, surpreso e nervoso, balbucia: "Lady Graham? Como entrou aqui? Isso é propriedade privada... Eu... Só eu tenho a chave!"

Gisselle responde com uma risadinha travessa: "Eu tenho experiência em invadir lugares, a janela do segundo andar estava aberta, e bem... Eu ouvi a vossa alteza comentando que a casa ia ficar vazia por algum tempo, então eu pensei... Já que ninguém está usando, né?"

(Interação)

Gisselle Graham, a Cachinhos Dourados, compartilha mais sobre o motivo de ter saído do castelo Winterkuss com os heróis. Enquanto caminham pela casa, ela explica:

"Sabe, eu estava ficando cada vez mais cansada de ouvir todas aquelas acusações e difamações contra vocês. Era como se a corte inteira estivesse contra vocês, culpando-os pela morte do Príncipe Henry e por todos os problemas que surgiram desde então."

Ela faz uma careta de desagrado antes de continuar: "A maioria dos nobres parecia ansiosa para apontar o dedo e espalhar rumores. A única coisa que ouvia nos salões era como vocês eram perigosos e traiçoeiros. Só tinha umas poucas pessoas que estavam dispostas a defender vocês, como eu, a Vossa Alteza Branca de Neve e irmã dela, a Princessa Vermelha de Rosa."

Gisselle sorri levemente enquanto menciona sua irmã: "Aliás, minha irmã defendeu Jack Horner com unhas e dentes, ela sempre teve um fraquinho por ele, mesmo com todas as histórias malucas que ele conta." Ela balança a cabeça, como se achasse graça na situação. "Mas eu simplesmente não aguentava mais aquela atmosfera no castelo, então decidi vir para cá, onde as coisas parecem mais calmas e livres de intrigas. Afinal, alguém precisa cuidar dessa casa linda, não é mesmo?"

Caça ao Kobold. - Por volta das 11:40
Fransisco, decidido a encontrar seu antigo amigo Sepork, o Kobold, vagueia pelos corredores do imponente castelo Winterkuss. Enquanto investiga o castelo em busca de pistas sobre o paradeiro de Sepork, ele nota algo intrigante acontecendo. Recrutas da guarda da cidade alva estão ocupados passando argamassa e cimento para preencher buracos nas paredes do castelo.

Caso Fransisco decida abordar os recrutas para entender o motivo dessa atividade incomum. Os recrutas, com uma expressão de resignação, explicam que estão seguindo as ordens do Capitão Angelo Thernar. O Capitão ordenou que todos os buracos, falhas e pequenas rachaduras nas paredes do castelo fossem meticulosamente tapados. A razão por trás dessa tarefa meticulosa é a busca pela pequena criatura que tem sido responsável pelo desaparecimento misterioso de objetos valiosos no castelo.

Fransisco, ciente de que Sepork é o responsavel por essa situação, pode optar por investigar mais a fundo. Durante suas interações com os recrutas e outros membros da guarda, ele descobre que, apesar de considerarem esse trabalho uma espécie de tolice, a maioria dos guardas e recrutas está satisfeita com a nova obsessão do Capitão Thernar. Essa preocupação com a busca pelo suposto Kobold tem desviado a atenção do Capitão Thernar de outra missão importante que ele havia iniciado alguns meses atrás: a erradicação dos Carniçais e monstros necrófagos que infestam as proximidades do Castelo Heullen, acima da montanha na Floresta Uivante.

Ao decidir se envolver nessa side-quest, Fransisco embarca em uma investigação que o levará a interagir com o Capitão Angelo Thernar. Durante essas interações, Thernar compartilha informações sobre seu passado e suas profundas desconfianças em relação a criaturas fantásticas. Ele relata uma época em que ainda era um tenente e desmascarou um espião dentro do castelo, um Hobgoblin de nome Makkord, que estava espionando em nome de conspiradores da coroa de Luthia. Thernar acredita que essa exposição e subsequente exílio de Makkord para Luthia foram responsáveis por ele ter assumido o título de Capitão da Guarda da Cidade Alva.

No entanto, o mestre deve ter em mente que essa versão da história contada por Thernar não é a verdade completa. Apesar de suas convicções, Makkord foi injustamente incriminado por outro espião, e Thernar, cegamente impulsionado por sua desconfiança, não investigou a fundo os fatos antes de tomar uma decisão precipitada. Essa narrativa oferece uma oportunidade para explorar as nuances do personagem de Thernar e a complexidade de sua relação com criaturas não humanas, além de lançar luz sobre sua história pessoal e suas motivações.

A Igreja de São Jorge. - Por volta de 12:00 até as 18:00.

Schnee sente um chamado interior para retornar à Igreja e Escola Dominical de São Jorge na cidade de Alva. Seu último encontro com esse lugar deixou uma impressão duradoura, especialmente devido ao seu envolvimento com as crianças e seu esforço para educá-las sobre os Profanos e suas complexas realidades.

Ao chegar na igreja, Schnee nota algumas mudanças significativas. As crianças que antes  perturbavam Mikael parecem ter amadurecido, tanto fisicamente quanto emocionalmente, ao longo dos meses que se passaram. Elas agora olham para Schnee com uma curiosidade mais madura, reconhecendo-o como uma figura única e talvez até mesmo heroica. 

O ambiente da igreja também passou por algumas mudanças. Novos afrescos e decorações adornam as paredes, e uma atmosfera de serenidade e compreensão predomina. O padre local, Dimitri Fouquet, que inicialmente estava relutante em aceitar Schnee, agora o recebe calorosamente, reconhecendo o impacto positivo que sua palestra anterior teve nas crianças.

Conforme Schnee se envolve novamente com a Escola Dominical, ele descobre que suas palavras deixaram uma impressão duradoura nas crianças, inspirando muitas delas a se tornarem mais tolerantes e compassivas em relação aos Profanos. Ele também tem a oportunidade de se reconectar com Mikael, o jovem Profano que antes era alvo de zombarias. Mikael, agora mais confiante e resiliente, agradece Schnee por ter sido uma influência positiva em sua vida e compartilha suas próprias experiências e desafios.

Vexame no Alce Dançante - 17:00 até as 20:00

No coração da cidade de Alva, os Heróis encontram a Taverna O Alce Dançante, um local que conhecem bem de suas visitas anteriores. No entanto, o que normalmente seria um ambiente alegre e animado parece estar envolto em uma atmosfera um tanto constrangedora naquela noite.

No centro do salão, em cima de uma mesa, está Rabbey Rotlich, mais conhecida como Chapeuzinho Vermelho devido ao seu característico capuz escarlate. No momento, ela está visivelmente embriagada. Segurando uma caneca de cerveja quase vazia, ela faz um discurso tumultuado, onde suas palavras são marcadas por soluços e tropeços. Seu discurso é um reflexo de sua dor emocional, embora ela tente disfarçá-la com bravata e alegações cínicas.

Chapeuzinho, olhando em volta com olhos vidrados, começa a falar:

"Amor, pessoal, vocês já perceberam como isso é... uma piada, certo? Quer dizer, vocês acham que vai ser tudo flores e borboletas, mas aí... bam! A vida te dá um soco no estômago e você percebe que é só... só... *Soluço* só ilusão, sabe? Você passa a vida toda sendo ensinada a acreditar em finais felizes, mas a realidade... a realidade é essa coisa feia e suja... *soluço* suja, que nem o rabo dum javali."

Ela pausa, sua voz tremendo, antes de continuar:

"Você pensa que encontrou alguém especial, que essa pessoa é o seu 'felizes para sempre', mas, na verdade, é tudo... tudo uma grande mentira. As pessoas vão, elas mudam, ou elas te abandonam quando você mais precisa delas. E então você fica aqui, sozinho, bebendo até esquecer que um dia acreditou nesse... nesse amor ridículo."

Chapeuzinho faz uma careta, parecendo à beira das lágrimas, mas ela rapidamente empurra a emoção para longe, toma um gole da caneca quase vazia e conclui com uma risada amarga:

"Então, pessoal, lembrem-se disso: o amor é só um conto de fadas, e não passa de... de uma grande e estúpida piada."

Enquanto algumas pessoas na taverna riem, outras tentam ignorar o discurso embriagado de Chapeuzinho, sentindo-se desconfortáveis com a exposição de sua dor. Nesse momento, Morath Srebro se aproxima dela e tenta acalmá-la, mesmo quando ela despeja um pouco de cerveja nele antes de desmaiar em seus ombros.

(Interação)

Na toca do Fumaça. - Qualquer Horário.

Schnee seguiu o caminho conhecido até a casa de Wilhelm Rauch, o Fumaça, na Cidade Alva. A residência  emanava um ar de mistério, como se guardasse segredos profundos e mágicos em seu interior.

Ao chegar à porta, Schnee bateu com firmeza, e logo ela se abriu para revelar o próprio Fumaça. Seus olhos brilharam de reconhecimento e alegria ao ver o amigo, e ele abriu os braços em um gesto caloroso de boas-vindas.

"Schnee, meu velho amigo! Que prazer vê-lo novamente", cumprimentou Wilhelm, enquanto apertava a mão de Schnee com entusiasmo.

Eles entraram na casa, onde o aroma de ervas e substâncias mágicas impregnava o ar. Wilhelm conduziu Schnee até uma mesa onde vários ingredientes mágicos estavam dispostos, cada um cuidadosamente organizado e etiquetado.

"Tenho trabalhado na preparação do Unguento que você solicitou", explicou Wilhelm. "Os ingredientes estão prontos, e agora só precisamos seguir o processo correto. Lembre-se, para que o efeito da poção seja alcançado em sua máxima potência, você deve realizá-lo durante uma noite de lua cheia."

Ele apontou para um calendário na parede, indicando a data. "A próxima lua cheia está a cinco dias de distância, no dia 12. É nessa noite que você deve realizar o ritual. Eu vou guiá-lo através de cada passo do processo, e estarei aqui para oferecer assistência, se necessário."

Caso Schnee pergunte sobre Tom Bruhn.

Wilhelm Rauch, o Fumaça, olhou para Schnee com uma expressão de tristeza em seu rosto. "Ah, sim... Eu esqueci que você estava fora por algum tempo. No início do mês, tivemos que... sacrificá-lo", respondeu com gravidade.

(Interação)

Entretanto, antes que Schnee pudesse reagir ainda mais, Wilhelm soltou uma risada contagiosa. "Te peguei!", exclamou, batendo palmas e rindo. "Não, não, ele está bem. Tom só foi ao mercado comprar algumas coisas para mim."

Nesse momento, a porta se abriu com um estrondo, e Tom Bruhn entrou carregando sacolas de compras. Ao ver Schnee, ele largou as compras no chão e correu em sua direção, emitindo um grunhido de alegria. Schnee e Tom se abraçaram efusivamente, rindo juntos da brincadeira de Fumaça enquanto a atmosfera leve e descontraída preenchia a casa do Fumaça.

O Conselho dos Anões. - Apartir das 16 horas.

Caso os Heróis procurem pelo Conselho dos Sete na cidade alva, eles pareciam estar em audição. Os anões, famosos por sua sabedoria e resolução de questões, estavam reunidos em uma sala imponente, discutindo assuntos de importância para o Principado. A atmosfera na sala era séria e concentrada, com os anões discutindo animadamente enquanto debatiam os problemas que surgiram na ausência do Príncipe Henry.

A audição parecia estar se arrastando, e por volta das 16 horas, os membros do conselho pareciam cansados e sobrecarregados pelo peso das decisões a serem tomadas. As longas horas de discussões e debates haviam deixado sua marca nos rostos dos anões.

Se os Heróis decidissem interagir com os anões, eles notariam que os conselheiros não estavam dispostos a revelar muitos detalhes sobre os assuntos discutidos. Apenas comentariam que muitos acordos tiveram que ser revistos e refeitos agora que o Príncipe Henry não estava mais entre eles. Eles mencionariam que toda Farngomery estava em pânico desde a partida do herdeiro do trono.

Caso os Heróis decidissem fazer um esforço extra e arriscar uma aposta para tentar obter mais informações com um dos anões, eles descobririam que a Rainha Tupence Farngomery não estava lidando muito bem com o luto pela perda de seu filho. O anão também revelaria que em breve uma celebração para a vida de Henry Farngomery seria realizada, e essa celebração reuniria os quatro irmãos do Príncipe, além de outros membros da nobreza. O anão comentaria com um toque de sarcasmo que sempre que essa família se reunia, faíscas eram inevitáveis, insinuando que os conflitos entre os membros da realeza não eram incomuns.

Cartas da Vila Esquentada. - 19:30 horas.

Os Heróis eventualmente se reuniram no Valhacouto do Falcão para se prepararem para o evento social na Corte da Cidade Alva. Cada um deles vestiu as roupas fornecidas pela Princesa Branca de Neve, demonstrando seu próprio estilo e personalidade.

(Permita que os jogadores descrevam como estão vestidos.)

Enquanto se arrumavam, Giselle Graham, estava ocupada ajudando Artemis com um elaborado penteado e maquiagem, apesar das reclamações da jovem caçadora. A energia contagiante de Giselle enchia a casa do Valhacouto, tornando-a animada, mas um tanto agitada devido à sua presença.

Contudo, um dos jogadores, Drake ou Artemis, notou que Jack estava profundamente absorto em seus pensamentos, segurando uma carta que parecia tê-lo perturbado. Ele permaneceu em silêncio a noite inteira, desde que a carta chegara.

Caso um dos Heróis decida interagir com Jack e perguntar sobre a carta, ele explicará a situação. Havia recebido cartas de pedido de ajuda de uma velha amiga, Jill Hughes, uma conterrânea de Luthia. Jack não havia mencionado nada antes porque todos estavam ocupados com outras tarefas. As cartas mencionavam problemas com saqueadores, pilhagens e roubos na floresta, em uma pequena vila próxima à Cidade Alva conhecida como "A Vila Esquentada". Jack questionou os Heróis se seria possível dar uma passada lá para ajudar ou investigar do que se tratava, demonstrando que estava disposto a priorizar os interesses da Companhia do Feijão.

Sequência Dramática - O Salão de Jogos do Castelo Winterkuss. - 21:00 

O Salão de Jogos e Festividades de Winterkuss era um espetáculo de elegância e luxo. Lustres de cristal pendiam do teto, lançando reflexos brilhantes sobre os convidados ricamente vestidos que se moviam elegantemente pelo salão. Músicos tocavam melodias suaves em um canto, enquanto outros convidados desfrutavam de uma variedade de jogos de cartas e tabuleiro.

À medida que os Heróis entravam no salão, eram recebidos com olhares curiosos e cumprimentos cordiais de nobres e cortesãos. Logo, eles notaram a presença imponente da Princesa Branca de Neve, que estava rodeada por membros de sua corte. Ela os cumprimentou calorosamente e agradeceu por terem aceitado seu convite.

Ao longo da noite, os Heróis tiveram a oportunidade de fazer perguntas e descobrir informações valiosas. Eles aprenderam que a ascensão do Lorde Edmond Barba Azul estava causando agitação na cidade, com alguns nobres vendo isso como uma oportunidade de ganhar influência em tempos de incerteza.

Enquanto a festa seguia, Christof Dior foi atraído por uma mulher misteriosa que estava elegantemente vestida e segurava uma máscara que escondia parte de seu rosto. Eles começaram a conversar, e a mulher parecia conhecer detalhes de sua vida que deixaram Christof intrigado. No entanto, antes que ele pudesse descobrir a identidade dela, a mulher revelou que era sua filha, a quem ele abandonara anos atrás.

A revelação deixou Christof atordoado, e ele se viu confrontado com o peso de seu passado. Sua filha, por outro lado, estava visivelmente emocionada com o encontro e queria entender por que ele a havia deixado. Essa cena dramática se desenrolou enquanto o Salão de Jogos e Festividades continuava sua celebração ao redor deles.

A noite estava repleta de intrigas, revelações e interações emocionantes, com os heróis e os convidados da corte da Cidade Alva compartilhando segredos, informações e decisões cruciais para o futuro do Principado das Neves. E assim, a jornada dos heróis na campanha "O Império Cinza" continuava, com desafios e dilemas que moldariam o destino da cidade e de suas vidas.

Cutscene Final - Bonecada.

Os últimos raios de sol do dia 6 de março tingiam o horizonte de tons dourados, anunciando o crepúsculo iminente. Na cidade Alva, as ruas sombrias se tornavam ainda mais obscuras à medida que a noite se aproximava. Nesse cenário de penumbra, Agatha Vessante, a vilã ferida do recente confronto com os heróis, corria com pressa pelas vielas sinuosas da cidade em busca de refúgio.


A destino de Agatha a levou a uma majestosa igreja, mas agora abandonada e envolta em um aura assombrada. Suas mãos trêmulas empurraram as pesadas portas de madeira, revelando o interior sombrio da capela. Ela entrou com a expressão tensa, como se estivesse em seu último refúgio seguro.

"Olá, Gentry... Seu sapequinhaaaa," murmurou ela, parecendo um pouco desesperada. "Precisso de um favorzinho, vamos lá... Apareça seu pequeno bastar-"

Um brilho repentino de luz surgiu nas trevas, quando um fósforo foi aceso no interior da igreja. A chama iluminou o rosto austero de Lorenzini Strombolli Mangiafuoco, o líder da organização, cuja expressão permanecia séria e implacável. Agatha, ao vê-lo, tentou amenizar o clima com uma observação.

"CHEFE! CHEFE... Tá Bonitão, aparou o bigode?"

Entretanto, Lorenzini não se deixou afetar pela tentativa de Agatha de aliviar a situação. Ele se aproximou dela com passos deliberados, mantendo seu olhar penetrante sobre a vilã, enquanto ela tentava desesperadamente justificar suas ações. Lorenzini continuou a avançar na direção de Agatha, sua figura imponente projetando-se contra a fraca luz da igreja.

"Você fracassou," disse ele com voz firme, seus olhos se estreitando com desaprovação. Sua expressão, que antes era tensa, agora estava completamente séria e decidida.

Agatha, que momentos atrás estava aliviada por ter encontrado o abrigo temporário na igreja, sentiu o peso das palavras de Lorenzini. Ela tentou encontrar palavras que justificassem suas ações, enquanto ele continuava a encará-la com severidade.

"Chefe, veja bem..." Agatha começou, suas palavras saindo apressadas enquanto buscava desesperadamente por uma maneira de explicar o que havia acontecido. 

"Suas desculpas não me interessam, Agatha", interrompeu Lorenzini com firmeza, cortando as tentativas dela de se justificar. "O que eu preciso agora são resultados. Eu admito que, a princípio, considerei a possibilidade de dar a Hallux uma chance, de investigar mais profundamente seus objetivos."

Lorenzini fez uma pausa, seus olhos fixos na chama tremeluzente de uma vela. "No entanto, as oportunidades de redenção para o Senhor Wenthor esgotaram-se completamente, assim como minha paciência. Chegou a hora desse traidor responder a algumas perguntas." Ele voltou seu olhar para Agatha e concluiu de maneira incisiva, "Apressa-se, minha boneca. Gentry está preparando uma carruagem."

Agatha, ainda um tanto atônita com a situação, ousou perguntar: "Para onde estamos indo?"

"Kristadelle", respondeu Lorenzini sem rodeios, sua voz ecoando com determinação.

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