segunda-feira, 7 de março de 2022

Nação Rompida - As crônicas de Branca de Neve - Diário de Campanha.

  Registro e Adaptação da História: João Capella.
Originalmente esses fatos foram narrados através de uma sessão de RPG tomei algumas liberdades para melhor se encaixar ao meu universo sem perder a essência dos acontecimentos.

Personagens dos Jogadores (Heróis)

Barry Bicker.

Bartholomew Bicker era um grande mercante de Kreuzstein (uma pequena cidade de Ritterland), dono de uma próspera Casa do Mel. Ele empregou seu único filho Barry Bicker em seu principal navio La Ruche. O pequeno Barry sempre foi fascinado por mel e um estudioso desse nectar, certas noites quando não estava em viagem no mar e podia passar um tempo na fazenda de seu pai. Ele conseguia ouvir da cama o zumbido das abelhas, quase como se estivessem conversando entre sí.

Após a morte de seu pai, Barry assumiu os negócios. Contudo o ínicio de sua jornada na gerência da fazenda foi desastroso. Entregas erradas, atrasso nos salários e emprestimos, ataques recorrentes de urso...
O Jovem Barry estava a ponto de ter um colapso nervoso, até que em uma certa noite fria no meio do outono, enquanto estava perdido entre os papéis de dívidas do escritório de seu pai, ele nota uma luminescência estranha adivinda do lado de fora. Mais precisamente de um apiário, uma luz amarelada e forte que saia pelas frestas da caixa de madeira, aquela visão fez o rapaz estremecer, mas ele conseguiu se mover em direção ao silhal juntando um pouco de coragem.

A Caixa estava quente ao toque, ao abrir ele ouviu claramente vozes em meio aos zumbidos. A iluminação era diretamente produzida do Mel que parecia se mover. As vozes falavam em uníssono:

"Através da vida e da morte elas passam, trazendo mensagem daqueles que a todos observam e tudo veem.... LEVAI-NOS PARA O AGORA! LEVAI-NOS PARA O AGORA PARA QUE DESTA FORMA O DEPOIS SEJA REVELADO!"

A última coisa que o jovem se lembra é da luz se intensificando e do cheiro de mel aumentando, conforme um enxame de incontáveis abelhas aparecem ao redor dele, circulando a sua volta, enquanto pouco a pouco tampam a sua visão.
No dia seguinte uma dor de cabeça infernal se abate sobre o apicultor. Querendo constatar se aquilo foi mesmo real ou apenas um sonho, o Birken pega o mel e começa a analisa-lo. Dias trancado em seu  quarto esperando alguma respostas das suas perguntas. Até que finalmente ele consegue, uma conexão singular com aquilo, ele enxerga as ondas do presente na curva do mel, ele enxerga a delicada maneira em que as abelhas moldam o polém e com suas enximas formam as figurars hexagonais. E a partir daí, fica fácil para ele entender o presente e ter um vislumbre... do futuro.

Dessa maneira a fazenda de seu pai volta aos trilhos e além disso ele começa a usar esse seu novo dom/conhecimento para ajudar pessoas necessitadas. Aconselhando mercantes, burgomestres e até lordes de sua região.

Carlos Padilha.

Vindo de uma linhagem nobre de Borneval. Carlos veio bem jovem para Ritterland com seus pais, cresceu dentro dos confortos da corte de Seebruk de Lorde Marcus. Sempre muito receptivo com seus amigos, Carlos se tornou bem quisto na corte e conhecido por suas boas maneiras e benevolência. Eventualmente seus pais acabaram falecendo, fazendo Carlos se tornar responsável pelo legado do nome de sua família.

Um pouco recioso com toda essa pressão em seus ombros. O jovem rapaz decidiu por o pé na estrada atrás de esclarecer seus pensamentos e deixar para trás aquela vida de confortos que ele estava preso, uma noite arrumou suas coisas sem avisar aos colegas da corte ou mesmos criados. Tomou um cavalo e partiu rumo ao horizonte... E pelo visto sua partida foi um golpe de Deus (ou do Diabo), pois naquela mesma noite a cidade de Seebruk foi atacada, e o alvo principal forá a corte.

Um grupo louco de fanáticos religiosos conhecidos como A Congregação Coroada , invadiu e em uma dos massacres mais sangrentos já vistos em Ritterland, os cultistas exterminaram todo homem, mulher e criança da corte. A comoção foi tanta que a Guarda de Lorde Vincent foi ativada, a a culpa caiu nos ombros do único sobrevivente do expurgo: Carlos Padilha. Que até os dias de hoje está totalmente a quem dos fatos, e acha que a corte de Seebruk está do jeito que ele a deixou antes de partir.

Herr Von Pop.

Não se sabe muito sobre a figura que sabota as ações corruptas da cidade de Nachtfledermaustadt, só se sabe que a população de lá ganhou um pouco mais de esperança a partir do momento em que ela
apareceu. 

A cidade sofre com criminalidade, fome e desemprego. Os plebeus morrem aos montes enquanto a burguesia se empanturra e não move um dedo. E pra piorar a situação uma doença estranha e desconhecida se espalha pelas sarjetas em velocidade, os enfermos ficam com suas peles ressecadas, logo após o surgimento de pustulas espalhadas pelo corpo e hemoptíse (em alguns casos, o sangue é ralo e muito escuro).

O que os boatos dizem é que o vigilante misterioso era um criminoso plebeu, que ao contrair essa doença acabou repensando em como suas ações afetam sua população. E que para ajudar a sua população ele precisaria chamar a atenção daqueles que tem o poder e o dever de ajudar os que estão abaixo deles.

No último ano os carregamentos dos burgomestres tem sido saqueados, saem de um ponto abarrotados para chegarem em outro completamente vazios. Jóias, obras de artes e comida sendo levados do dia pra noite. Enquanto isso a população com menos renda vai tendo uma melhora significativa e a lenda de Her Von Pop vai se tornando cada vez maior.

Robert Bruk

Filho de escravos Haitianos, Robert Bruk abriu seu caminho na vida através da força bruta.  Aos 17 anos já participava de rinhas humanas. Com 22 foi vendido pelo seu senhorio (um velho senhor de terras de Dunateaux) para uma companhia de guerrilha miliciana em Farngomery.  Não demorou para ele pegar jeito na coisa, e ganhar a alcunha de "O Coletor", pois sempre que derrubava um adversário em combate ele tirava alguma coisa dele para colocar em sua pilha macabra de conquistas.

Bruk passou anos como um mercenário. Conseguiu sua liberdade através de um acordo com a Coroa Farngomeryana. No fim de sua carreira, aquela pilha de parafernalha estava tão grande quanto o próprio mercenário e o vazio já começava a tomar conta de seu ser.
No fim de uma tarde após uma guerra nas fronteiras de Ritterland, Robert com mais quatros Lansquenetes (Landsknecht), perceberam que o colega de batalha responsável por fazer a janta havia sido alvejado em combate. Perdendo num jogo de sorte Bruk foi compelido a fazer a comida para seus parceiros. Após 15 minutos Bruk volta com um guisado de frango, não muito atraente esteticamente mas com um aroma sedutor que deixou seus colegas com aguá na boca. E qual não foi a reação dos brucutus mercenários ao desfrutarem daquela refeição, que talvez tenha sido a melhor coisa que eles comeram em toda suas vidas de açogueiro:

"-Santo Deus Bruk! Você só pode tá de sacanagem com a PORRA da minha cara... VOCÊ NÃO FALOU QUE NUNCA TINHA COZINHADO?!"

"- EU QUERO MAIS!"

"- eu... eu acho que eu tive um orgasmo!"

Pela primeira vez em muito tempo o Mercenário sentiu aquele vazio ser substituído por algo bom. Algo caloroso. O Homem só havia conhecido violência, ordens, obediencia e dor a sua vida inteira. Tal qual seus amigos ele tinha sido encantado por um novo sabor. O Sabor dos elogios e sorrissos que ele despertou com a sua comida naquele dia... Ele teve uma epifania, resolveu mudar completamente sua vida. Deserdou da companhia de mercenários e foi estudar culinária, se tornando um renomado chefe, entrando para cortes, tavernas e renomados restaurantes por toda Ritterland.

Capítulo 1 - Chamado Real.

24 de Março de 1608.

Ludwigg Westerman é o chefe da guarda da cidade de Esses legisladores com seus intermináveis ​​debates levaram Krypton à ruína!(considerada a capital de Ritterland), um homem nos seus 30 e poucos anos, cabelos até a altura dos ombros e um olhar compenetrado. Ele estaria mais feliz se não estivesse na estrada sem dormir nos últimos dois dias, se há uma coisa que Westerman detesta é viagens, dormir ao ar livre na companhia de insetos e animais selvagens não faz o estilo do bom Capitão da guarda. 
Geralmente esse tipo de função seria encaminhada para alguém de menor patente. Mas Lorde Vincent foi bastante prescretivo ao dizer que precisava de um homem de confiança encabeceando essa empreitada. Ludwigg se viu obrigado a aceitar, a contra gosto, mas aceietou.

Ao longe já é possível ver a Casa de Mel Birken, a paisagem é linda, um campo primaveril, repleto por flores e apiários com as as abelhas que vagam de um lado para outro com seus zumbido e vôos descorndenados pelos ares.

Descendo do seu cavalo e parando com sua pequena comitiva, ele se dirige ao casebre no final da fazenda. Passa pelos trabalhadores que simplesmente acenam com a cabeça, como um gesto de comprimento. Observa a soleira da porta, e coloca sua insatisfação para fora através de um suspiro e assim bate três vezes com os nós de seus dedos na velha porta de madeira.
Não demora muito para que a porta abra uma fresta, e uma calma voz de dentro da cabana surja:

- Uma bom dia viajante. Em que eu posso lhe ser útil? - É escuro dentro da casa, mas é possível ver a silhueta de um jovem com um convidativo e caloroso sorrisso no rosto.

-Eu estou aqui em nome de Vossa Majestade, Lorde interino e regente da Nação de Ritterland: Vincent Feurpferd... Chegou ao nosso conhecimento que o senhor Bartholomew "Barry" Birken é o dono destas terras. É com esse homem que eu falo agora?

-Sim, Ludwigg Westerman. - Responde o rapaz. - Fui alertado de sua chegada.

-Como? Partirmos sem emetir nenhum comunicado...

-Entretando, ainda é um mistério para minha pessoa a natureza do interesse de vossa majestade com um ordinário apicuário.

-Acho que tanto eu quanto você sabemos que a última coisa que podemos lhe chamar é de Ordinário... Lorde Vincent lhe convida para um evento em sua corte, uma tarde de festividades, bebidas e jogos seguida por um pequeno baile. - Enquanto ele fala isso, puxa de sua bolsa a tira colo um envelope, lacrado com uma cera com sinete da família Feurpferd (a cabeça de um cavalo com crinas de fogo). - Daqui a seis dias esteja nos portões do Castelo de Feurpferd, cuide dessa carta pois será a sua entrada, lá será melhor informado dos interesses de Lorde Vincent, mas peço que já traga o necessário para exercer os seus trabalhos...

-Fico lisonjeado por Vossa Majestade confiar a mim um serviço de tamanha importancia! Informe-o que não o decepcionarei e anseio para conhecê-lo.

Com a partida de Ludwigg Westerman. O Jovem Birken se empolga com o sorrisso, e já prepara suas melhores amostras de Mel enquanto comenta consigo mesmo. "Meu pai ficaria orgulhoso, nossos produtos sendo requisitados pela realeza veja só! O MELhor de Ritterland."


Enquanto isso do outro lado de Ritterland, na cidade de Nachtfledermau, encontramos Hans "O Esperto" Bekanter. Hans é um estúpido boçal senhor de terras de Ritterland, o tipo de pessoa que não entende ironia e leva tudo ao pé da letra. Foi largado por sua esposa ao seguir o conselho de sua mãe: "Lance seus olhares de adoração para ela", logo após Hans arrancou os olhos de seu gado e atirou pela janela de sua amada na calada da madrugada. Seu rosto também é um tanto quanto desagradável, não sendo um primor belo exemplar estético de sua nação. Tem um odor forte, e costuma ter dificuldade em sustentar conversas. Em outras palavras: Hans Bekanter tem muita sorte em ser Rico.


O Nobre homem está se servindo um vinho e comendo um cordeiro. Ao terminar de se servir, ele amarra a garrafa de vinho e o saleiro numa corda e os pendura no candelabro. (Tudo isso por que o seu Médico aconselhou suspender o alcool e o sal na hora da janta). Sentado em frente a sua lareira, com seus pensamentos (pensando como as pessoas costumam combater fogo com fogo, já que o fogo é intangível). Quando ele escuta o barulho de sua janela sendo violentamente aberta, e a brisa entrando pelos corredores. Ele parece já saber quem, ou o que lhe aguarda e se levanta indo em direção a uma gaveta e puxando um envelope, idêntico ao que o Capitão Westerman deu a Barry Birken.

-Foi díficil, Foi díficil de fato meu companheiro... Mas espero que agora deixe meus carregamentos em paz. O Combinado a carta pela minha paz... Você agora tem a oportunidade de se encontrar com Lorde Vincent e compreender bem como as coisas vão permanecer iguais.

O Homem tolo estende a carta que é recebida por uma mão de coloração enferma, repleta por pustulas e veias saltadas e escuras. A mão pertence à um homem baixo, de roupas acinzentadas puídas, o capote com capuz são mais largos que o cidadão que o veste, deixando a figura parcer mais esmirrada do que ela realmente é.  

Um silêncio preenche a sala enquanto os dois homens se encaram por um embaraçoso meio minuto. Que termina com a segunda figura se dirigindo até a janela, sem agradecer ou mesmo emitir um sonho. De fato se não estivesse andando, seria díficil dizer que aquele ser está vivo.

Dia 27 de Março de 1608

A vida não poderia está melhor para o Senhor Hönigsmann, sua estalagem de beira de estrada estava em uma escalada muito próspera, trazendo uma leve fortuna para o homem desfrutar no final de sua idade, sua esposa estava esperando a sua terceira criança e ele tinha certeza de que dessa vez seria o menino que ele sempre pediu. E por essa manhã ele havia recebido uma carta de agradecimento pela hospitalidade, assinada por um Baronete, que usou de sua estalagem  como refúgio da chuva durante sua viagem. E estava pronto para dar suas recomendações para todos os amigos nobres perdidos nas estradas de Blinderbär.

O coração do nobre Riterrlan não poderia estar mais coberto por alegria. Mas tudo mudou em questão de segundos, quando pela porta de sua estimada estalagem adentra a última pessoa que um cidadão de Riterland gostaria de ver. Um homem alto mas não corpulento, de feições jovens e estrangeiras, um olhar perdido e curioso que explora o recinto enquanto se dirige ao dono da estalagem.

O homem que ganhou a alcunha de "O Tirano", é temido por toda região próxima do que um dia foi a cidade de Seebruk, hoje só um lembrente doloroso do dia sangrento. A simples menção do nome Carlos Padilha faz o mais bravo dos soldados tremer dentro de seus uniformes reais. 

Os boatos variam sobre o sobrevivente da Corte Sangrenta mas todos com o mesmo fundo sinistro, alguns afirmam que ele foi responsável por orquestrar a invasão dando acesso aos cultistas pelos portões, outros dizem que ele observeu a cidade inteira queimar ao longe enquanto desfrutava de um bom vinho de Dunateaux. 
"Ele cortou o dedo de todas as crianças da corte e fez um colar!"; "O Cavalo dele se alimenta de carne humana!"; "O massacre só aconteceu pois um empregado levou a comida errada para ele."; "Ele é um antigo Deus Pagão reencarnado em forma humana para trazer desgraça e sofrimento."

O dono da estalagem balbucia algumas palavras incrédulo enquanto compara o homem que entra pela estalagem com o retrato falado procurado pendurado na parede. E  antes que ele possa alinhar os pensamentos em sua mente, o homem se aproxima e fala:

-Nossa que sorte. Não lembrava dessa taverna... Acho que vai ser um bom lugar para eu descansar os ossos. 

O Dono da estalagem, apenas se engasga com as palavras. Enquanto busca a trás do balcão alguma segurança. 

- Eu adoraria um quarto com a janela para o leste... Mas caso não seja possivel, não tem problema. - Diz aquele homem alto enquanto repousa toda sua bagagem no chão. Os próximos momentos são automáticos, Hönigsmann não tem controle algum sobre a situação, e enquanto soa feito um porco, ele busca a chave de um dos quartos e entrega ao homem.

A Noite de Carlos é confortável. O Quarto é agradável e o silêncio da area  faz com que ele caia rapidamente no sono. Porém na madrugada seus sonhos são interrompdios pelo som de uma espada sendo desembanhada. Carlos rapidamente se levanta em um susto.

- Pode ficar bem aonde está! - Saindo das sombras o Capitão Ludwigg Westerman, visivelemente preocupado com a situação. - Então... Carlos, o Tirano. Finalmente.

-Na realidade é Padilha senhor... E se não for muita grosseria, quem é o sen- Ele é interrompido pelo fio da espada repousando no seu pescoço.

-Sabe quantos amigos meus estavam Seerbuk?

-Ah! Você então... Sabe que eu...

-A Essa altura não há um soldado em Ritterland que não saiba sobre os atos canalhas de Carlos, O Tirano! E as milhares de vida que ele destruiu no processo.

Em um sorrisso frouxo Carlos responde.

-Nossa eu acho que não é para tanto... Eu só precisava de um tempo sozinho.

-Você é um MONSTRO, É isso que é. Parte de mim estava pensando em sufocar você com o travesseiro enquanto dormia! - Ele coloca a lamina da espada na garganta de Carlos enquanto luta contra a vontade de vingança, pouco antes de recuar e guardar a espada. - Mas devo de lembrar que estou aqui pela Coroa e não por uma vendetta pessoal. Virá comigo, Lorde Vincent falou com bastante que precissa de você vivo.

-Eu acho que é melhor... - Carlos se levanta da cama. E no exato momento, o som de mais ou menos duas dezenas de mosquetes e garruchas quebram o silêncio da noite. - ... Eu ir... O quê é isso?

-O velho Hönigsmann mostrou que tem lealdade a Deus e a Ritterland hoje. Assim que você dormiu ele pegou sua mula e foi até a cidade mais próxima. Acho que foi um golpe do Destino, eu não estar muito longe, para eu mesmo poder te acorrentar. - Ludwigg puxa os grilhões enquanto se aproxima do homem.

-Isso não será necessário Senhor... Eu não estava ciente do ato de rebeldia que minhas ações representavam. Espero comparecer perante a corte e ser julgado de forma justa pelos meus descuidos. Não quero manchar mais ainda minha reputação com Vossa Majestade.

Vemos Carlos ser guiado em direção a uma carruagem para transporte de prisioneiros. O pelotão de soldados limpam as gotas de suor de suas testas e respiram aliviados com o sucesso da prissão. Carlos parece confuso, mas não protesta e vai calado/reflexivo durante todo o percurso para a capital.

Capítulo 2 - Um Amor em Fuga.

30 de Março de 1608

Ritterland era um Reino quebrado e totalmente rompido políticamente. Intrigas políticas, conflitos civís e conflitos economicos se tornaram cada vez mais comuns nessa Nação. Porém um homem surgiu em meio a essa esfera de inaptidão governamental para tentar reerguer a situação, um conde que acabou se cansando dos paralamentares com seus intermináveis ​​debates enquanto a população sofria e era levada à ruína! Ele criou uma comitiva para livrar seu reino de areas de guerra e conflitos internos, Além de fechar acordos com Farngomery e Dunateaux pleitando cavaleiros, mercenários e doutores para ajudar cidades em necessidade. Não demorou muito para Vincent Feurpferd ser visto como a opção óbvia para sustetntar o Trono partido de Ritterland, assim se tornando uma espéciede Rei-Regente.

Escolhido pelo povo, Vincent seguiu por duas décadas servindo como cola para a Nação Rompida de Ritterland em seus anos iniciais, porém nos uma apatia se abateu no outrora grande governante. Começando a se render a acordos que prejudicavam a população e a deixar a gestão de questões importantes nas mãos dos parlamentrares que ele havia se oposto antigamente.

As festas reais vem se tornando cada vez mais comuns, como se o Rei  estivesse querendo se cercar por membros da corte. Os burburinhos entre os nobres dizem que a tristeza tomou conta de Lorde Vincent desde o fatídico dia em que o coração do mesmo foi partido. A cerca de mais ou menos uma década, Vincent se apaixonou por uma plebeia, a filha de um cavalariço chamada Karla.

Não demorou muito para que os dois investissem em um romance, e o amor que os dois nutriam um pelo outro era intenso e verdadeiro.  Até que um dia, Karla fugiu. Sem nenhuma nota de despedida. Sem nenhuma explicação para seu amado... Deixando o nobre Rei destruído.

Feurpferd é uma cidade bonita, enfeitada para chegada da Primavera. Com adornos coloridos nas portas, guirlanda, faixas e tiras floridas nas cabeçasa das damas. A Comemoração se espalha por toda cidade até o Grande Castelo Real, aonde os nobres festejam desde cedo em um banquete nesse festival de três dias conhecido como "Winterkuss im Frühling". O Beijo invernal na primavera, o evento celebra esse ínicio de primavera que ainda trás a brisa do inverno, dando adeus para os dias gelados e celebrando a nova vida que vem no começo da Primavera.

Carlos Padilha é o primeiro a chegar, cercados pelos guardas que o observam com temor enquanto o guiam para o grande Salão. Seguido por Birken, que traz uma caixa pesada e Gosmenta, com suas melhores amostras de Mel e própolis . E por fim a figura conhecida como Herr Von Pop.

O Convite dos dois últimos é entregue à um valete real bem arrumado. Que agradece a presença e guia os convidados para a area principal do baile. Nobres de todos os tipos e castas observam as figuras irregulares que se aproximam do salão. Por falta de opção (e por não serem muito bem recebidos em outras rodas sociais) Pop e Bartholomew acabam por se aproximarem e jogam um leve papo fora.
Bom... pelo menos Bartholomwe Birken o faz, anunciando seus produtos com bastante euforia e entusiasmo, enquanto Pop apenas se mantém imóvel observando inexpressivamente os movimentos e comentários desse curioso sujeito que ele acaba de conhecer.
Carlos reconhece alguns rostos antigos de outras festas de seu passado, mas sempre que ele se aproxima os seus colegas se afastam abruptamente. "É de fato... com essa confusão toda não arranjei tempo para deixar a higiene pessoal em dia". Por isso ele acaba parando no canto dos "irregulares" junto com os outros dois convidados.

O Evento progride com certa tensão. Os convidados no geral parecem curiosos e desconfortáveis com a presença das figuras no canto da sala, sem falar no aumento perceptível da guarda real naquele comodo. Mas não demora muito para que o arauto real anuncie a plenos pulmões a entrada do Rei no Salão. Os nobres todos param suas conversas paralelas para testemunhar Vincent, ainda com feixões apáticas e tristonhas o Rei vai ao encontro de seu trono, tentando transparecer uma imponência, mas sem muito sucesso.

"Que falta faz uma Rainha à um Rei Desamparado!" Comenta um Barão.

"O Homem não quer se casar... E não lhe faltam pretendentes...." Completa uma Condesa.

"O Tio dele já tentou empurrar, cinco ou seis esposas... Ele não aceita!" Finaliza o Barão.

Os nobres e vassálos se aproximam do Rei, com suas queixas, comentários e agradecimentos. O Rei escuta com calma antes de fazer seus comentários pontuais, não falando mais do que seis palavras com cada convidado. Evenetualmente o Capitão Ludwig aproxima do grupo exótico:

- Vossa majestade pede para que vocês aguardem até o final do evento. O assunto que ele tem para tratar com vocês deve ser deliberado em particular. 

E assim efeito, conforme as horas se passam a sala vai se esvaziando, assim como os pratos e garrafas de vinhos. Eventualmente a sala conta somente com um punhado de guardas, o Rei, o Capitão da Guarda e um grupo de Conselheiros, que rapidamente saem da sala com um movimento de mão de vossa majestade. E os guardas, com exceção de Ludwig, se viram contra a parede.

- Agradeço a presença de vocês, pelo menos foram os que se dignaram a vir me ajudar. - Diz o Rei enquanto se aproxima do Grupo. Ele comprimenta cada um dos Heróis e explica o motivo da convocação dos mesmos. A verdade é que ele precisou montar um grupo de indíviduos de qualidades únicas para resgatar o tessouro mais estimado do Rei: sua amada desaparescida.

- Há algumas primaveras atrás eu fui vítima da flecha certeira do cupida. Meu coração pertencia, e continua a pertencer a só uma... Seu nome era Karla, filha do meu falecido cavalariço real. Um homem a quem eu estimava muito e considerava como um irmão mais velho. Com a sua morte... Eu me aproximei de sua filha, buscando confortá-la em seu luto... E acabei me afeiçoando por ela, após meses de resistência finalmente nos entragamos a nossos impulsos apaixonados... Foram as semanas mais maravilhosas de toda minha vida. Nenhuma mulher antes ou depois de Karla me fez sentir daquela forma... 
Mas em uma bela manhã, eu acordei com uma sensação estranha... Algo... Algo não estava certo. Foi quando percebi.. Karla havia partido. Espalhei cavaleiros, guardas e mensageiros pelos quatro cantos de Ritterland, mas não houve êxito.
Eu nunca soube o motivo... E infelizmente continuo sem saber.

Após issos os Heróis pontuam suas dúvidas e entregam seus votos de lealdade na missão do Rei. Saíriam para encontrar Karla Herner e só retornariam com a resposta de onde ela estava. Todos ganhariam algo, Barry se aproximaria da Corte e poderia vender seus estimados produtos, Carlos ganharia o perdão real e Her von Pop conseguiria levar renda e segurança para sua cidade com apoio da coroa.

Antes de partir. Barry Birken consultou as Abelhas e seu mel. Fazendo seus rituais antigos de contato extra-planar, Barry lia os padrões das colmeias e favos atrás de respostas para suas perguntas. 
Ele descobriu que o amor de Karla pelo Rei ela legítimo, e que ela havia partido após descobrir que carregava em seu ventre um possível herdeiro para o trono de Ritterland.
 
 O Rei Vincent só reunirá os Heróis agora, por quê após anos sem nenhum vestígio de informação sobre o paradeiro de Karla. Finalmente havia um raio de luz em meio a escuridão. O tio de Vincent,  era O Duque Scharfelrden chamado Conrad e o mesmo afirmará que um de seus homens havia capturado uma prisioneira que participava de um comitiva formada por selvagens saqueadores que estavam por suas terras causando terror e discórida. 
Na carta que trocou com seu sobrinho, ele disse que está prisioneira possuía informações sobre o a sua amada. E que o Rei Vincent deveria imediatamente mandar um representante para checar, ou ele mesmo deveria averiguar a situação em Scharfelrden.

E assim o Rei Vincent envia a comitiva formada por Barry Birken, Her Von Pop e Carlos Padilha. Os mesmos partem para o Ducado nas carruagens reais. O Ducado ficava passando por umas áreas de díficil acesso, e as rotas para lá eram muito perigosas. O Grupo fez diversas paradas para evitar encontros indesejáveis.

CAPÍTULO 3 - OS VESTANESES VERMELHOS.

02 de Abril de 1608.

Ansgar Konstantin
Quando já estavam nos domínios do Duque Conrand, nossos heróis foram vítimas de um assalto na estrada. Homens trajando vestes veremelhas, armados com cimitarras e armas de fogo. Os mesmos eram parte de um grupo conhecido como os Vestaneses Vermelhos.  Agiotas e assaltantes. São numerosos mas não muito habilidosos e eles parecem fazer de tudo para eliminar os nossos heróis.


Quando a batalha parece estar vencida para nossos heróis. Eles são surpreendidos por um homem alto e espadaúdo. Pele completamente branca e cabelos vermelhos vivos, suas unhas e dentes mais lem bram garras e presas e seu olhar é feroz e intimidador. Ele parece balancear o jogo para o lado dos Vestaneses, Her Von Pop em meio a batalha reconhece o amuleto que o homem porta em seu colar. Uma crânio humano sendo rodeada por uma serpente. Esse é o símbolo de uma das famílias mais temidas de toda Europa, esse é o símbolo da família Kostantin. 


A Família Kostantin.
Os Kostantin são conhecidas por suas práticas pagãs. Condenados pela igreja como profanos, eles performam diversuso rituais de adorações para demônios e deuses antigos, contaminando sua linhagem e vendendo suas almas ao Diabo.

Atualmente o patriaca da família é Ansgar Kostantin, e ao que tudo indica, ele se trata desse homem com que nossos heróis estão tendo que lidar nesse momento.

Ansgar é conhecido pelos seus métodos selvagens e maldosos de tortura com seus inimigos. É dito que ele devora o coração de seus inimigos após a batalha para se nutrir de sua essência vital.

Durante a peleja, Her Von Pop consegue arrancar o amuleto de Ansgar. Ele sente uma queimadura ao toque, mas resiste e junto aos seus amigos consegue escapar para longe do conflito e se dirigir a área povoada de Scharferlden.

Chegando lá não demoram muito para irem em direção ao Castelo do Duque. A Guarda lá é muito organizada e parece competente em seu serviço. O Duque possuí seu próprio feudo e jurisdiçõe, e dentro de seu castelo há outros membros da realeza menor de Ritterlandcomo Barões, Cavaleiros e Damas da corte. 
O Duque é um homem de idade avançada e que possuí uma aurea inquietante pairando sobre sí, ele anda com confiança e não parece vacilar ou exitar em nenhum de seus movimentos. A recepção dos Heróis é calorosa, com um largo sorrisso.

- Esperava vocês um pouco mais cedo. Se chegassem com um dia a mais de atrasso a prisioneira já teria sido enforcada e teria que se contentar interrogando um cadáver.

Os Heróis fazem suas saudações de praxe e apresentação os documentos reais que comprovam sua legalidade como agentes da Coroa. Eles conversam por mais alguns minutos enquanto o Duque conduz pelas alas de seu castelo, até que o assunto finalmente chega aos Vestanistas Vermelhos.

Ele demostra preocupação quando os heróis citam o ataque na estrada. Conrad relata que os Vestanistas Vermelhos e a própria Famíla Kostanitn vem sido uma complicação muito árdua com a qual ele está tendo que lidar. Não só ataque nas estradas, como saqueamentos, sequestros e assassinatos vem acontecendo por todo seu feudo. Ele concluí:

- Eu acredito até que a onda de violência tenha aumentado mais desde que a nossa mais nova igreja tenha sido inaugurada... Suspeito que a família Kostantin tenha visto tal construção como um ataque pessoal a sua existência.


Descendo até os calabouços. Conrad os leva até a prisioneira, e conta que ela foi a única sobrevivente dos cinco selvagens que eles interceptaram. 
Ainda diz que junto aos pertences dos membros foram encontradas cartas endereçadas de Lorde Bonchiert (primo em terceiro grau de Vincent), que parecia estar cansado das buscas sem sentido de Vossa Majestade de sua Esposa e não parecia acreditar que o Rei devesse perder um tempo com uma cavalariça. 

As cartas pareciam deixar claro que Bonchiert nutria um ódio e sabia da localização de Karla a muito tempo. E estava encomendando um assassinado com os membros da tribo Bergklaue.

Capítulo 4 - Prisioneiros Repentinos. 


Após muita insistência por parte dos Heróis. Eles conseguiram um tempo a sós com a prisioneira, e a interrogaram. 

Bergklaue
A tribo Bergklaue vive isolada nos montes solitários ao oeste de Ritterland.
Um povo antigo que não renunciou á suas raízes totêmicas. Guiados por espíritos ancestrais germânicos, a tribo Bergklaue é considerado por muito como selvagens perigosos e são especialmente temidos por suas capacidades místicas de transmutação. 

Os Transmorfos, ou troca-peles como são mais conhecidos, São homens e mulheres com capacidade de alterar suas formas e se transformarem em animais. 

É dito que os antigos chefes espirituais da tribo abençoo seus mais audazes guerreiros com o toque do espírito do Urso. E lhe fornecem a capacidade de se transformarem nessas poderosos criaturas.


A prisioneira é uma jovem mulher de cabelos escuros, cicatrizes e pinturas de batalha cobrem seu corpo todo. Ela fica calada a maior parte do tempo e demora um pouco até que os heróis conquistem a confiança da mesma e ela comece a lhes contar a sua versão dos fatos:

- Eu e meus irmãos não fazíamos parte de nenhum complô para assassinato como essa víbora está nos dizendo...
Nós somos emissários do Príncipe Arthon, não mercenários assassinos!
Trazíamos um convite para a cerimônia dos pardais de Vermelha de Rosa e nosso líder Arthon. 

No caminho fomos atacados, por um ser de pura maldade, pele sem cor e cabelos de fogo... Meus irmãos não tiveram nenhuma chance... E quando ele encostou eu mim... Quando ele pôs aquelas mãos frias em volta do meu pescoço... Eu senti o grande espírito me deixando, eu senti medo... Eu não tive coragem para revidar, não podia lutar contra ela...

Quando dei por mim estava nesse calabouço. Esperando a execução, sendo acusada de conspirar contra os interesses da coroa.

Sessão acabou com eles interrogando a prisioneira e descobrindo que aparentemente ela está ali como uma mensageira de um jovem principe chamado: Arthon e que pretende se unir a uma das filhas do Rei Vincent. Uma moça chamada Vermelha de Rosa.

Os Heróis então escolhem confiar na história da prisioneira de nome Freya e começam uma estratégia para fuga do castelo do Duque Conrad.
O qual envolveu a intromissão não requisitada de um indivíduo que foi de vital importância para execução da empreitada. 

Robert Bruk estava a cerca de dois meses trabalhando na cozinha do castelo Roterfarbton para o Duque Conrad.  Seus ofícios haviam sido indicados durante uma celebração real ao norte de Ritterland a qual o duque estava presente. 

O Ex-mercenário criou amizade com a coopeira/serviçal do castelo Helga Grimsbau que se tornou sua assistente de cozinha. 
Ele ficou incumbido de alimentar a prisioneira Freya com restos, sopas de cascas e comidas que nem os porcos se animariam em comer.  
Contra as ordens de seus superiores, Bruk fazia pratos deliciosos e os levava escondidos para a menina. Ele se negaria em deixar qualquer pessoa sem uma boa refeição, e ele criou uma certa amizade com Freya, que devora seus pratos no mesmo minuto em que eles eram servidos. 

A Confusão estava armada, eles tentaram retirar a menina do castelo furtivamente sem chamar muita atenção. 

Em um plano improvisado que envolveu bolinhos, Incêndio e correria. Mas tudo saiu dos trilhos conforme os guardas reais apareceram para defender o seu senhor. 

No meio da confusão, consultando a sorte. Birken descobrirá que o Duque trabalhara junto com a família Kostantin. 

Her Von Pop pulou pela janela do castelo enquanto os guardas da corte o perseguiam. Machucando seriamente o seu joelho. 

Carlos Padilha se impostou contra a guarda ameaçando-os, mesmo que ele não tenha percebido isso. 

E Bruk, conseguiu esconder Freya em uma dispensa. Aonde ela aguarda. 

Enquanto perseguia o Duque até seu quarto, atrás de mais resposta, Barry Birken foi alvejado por um tiro que o fez cair em agonia e profunda dor.

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