terça-feira, 3 de outubro de 2023

O PAÍS DAS MARAVILHAS.

A Criação do País das Maravilhas.

Chronos.
Chronos, o guardião do tempo, decidiu criar o País das Maravilhas, uma dimensão de bolso, com um motivo aparentemente nobre e necessário para o entendimento da vida e da existência como um todo. Chronos compreendia a necessidade de um espaço além do tempo convencional, onde a vida pudesse ser vivida de maneira intensa e imersiva, permitindo que as experiências e emoções fossem plenamente vivenciadas.

Para Chronos, o País das Maravilhas era uma forma de aprofundar sua própria compreensão da existência e da complexidade da vida finita e mortal. Ele queria conhecer mais profundamente as emoções, as lutas e os triunfos que as criaturas mortais enfrentavam diariamente. Através desse plano paralelo, Chronos buscava uma conexão mais íntima com os seres vivos, a fim de encontrar um significado mais profundo para a própria existência como guardião do tempo.

No entanto, para os mortais, o País das Maravilhas era um lugar repleto de desafios e provações. As experiências vividas nessa dimensão eram extremas e intensas, desafiando as capacidades emocionais e físicas dos visitantes. O mundo do País das Maravilhas parecia insensível e cruel para aqueles que não compreendiam o propósito nobre de Chronos. Muitos mortais enfrentavam dificuldades, perigos e situações emocionais que nem sempre podiam compreender ou superar.

Em sua forma verdadeira, Chronos era uma entidade poderosa e intangível, mas no País das Maravilhas, ele precisava ter um avatar mortal para se conectar verdadeiramente com a experiência humana. Seu avatar era mais frágil e vulnerável, permitindo que Chronos vivenciasse a vida mortal através dos olhos e das experiências de um ser humano comum. Essa vulnerabilidade era essencial para que ele pudesse realmente compreender as emoções e dilemas dos mortais e aprofundar sua conexão com o plano que criou.

No País das Maravilhas, Chronos aprendia sobre a força do amor e da amizade, a resiliência diante da adversidade e a importância de cada momento fugaz na vida mortal. Embora os mortais não pudessem compreender plenamente as motivações e a magnitude de Chronos, sua presença no País das Maravilhas deixava uma marca indelével nas vidas dos visitantes, desafiando-os a enfrentar seus medos e buscar a sabedoria escondida em cada desafio.

Chronos escolhia suas cobaias com grande precisão, selecionando indivíduos que estavam prestes a enfrentar eventos apocalípticos em suas realidades específicas. Isso significava que esses eventos já estavam irrevogavelmente destinados a ocorrer, independentemente da intervenção de Chronos. O que tornava essas escolhas particularmente seguras era o fato de que esses eventos não estavam conectados ao País das Maravilhas, uma dimensão de bolso criada por Chronos.

O País das Maravilhas existia em um plano separado da realidade normal, encapsulado fora do espaço-tempo convencional. Isso significava que qualquer ação ou evento que ocorresse dentro do País das Maravilhas não tinha impacto direto nas linhas do tempo das realidades de onde as cobaias foram retiradas. Era como se o País das Maravilhas fosse uma bolha atemporal, onde o tempo podia ser manipulado e vivenciado de maneira única.

Dentro dessa dimensão especial, Chronos podia observar como essas cobaias lidavam com o tempo de forma intensa e imersiva, sem preocupação com as consequências fora do País das Maravilhas. Isso permitia que ele explorasse a complexidade das emoções humanas, as escolhas que faziam e as lições que aprendiam, tudo sem perturbar o curso natural das realidades de onde vieram.

Portanto, o experimento de Chronos era cuidadosamente projetado para ser isolado do tempo convencional, garantindo que não causasse perturbações significativas nas linhas do tempo das cobaias ou em suas realidades de origem. Era uma exploração única e segura das experiências humanas em um ambiente controlado, onde o tempo podia ser uma ferramenta para o entendimento mais profundo da vida e da existência.

O Coelho Branco.

Albion Frederick McTwisp, o Coelho Branco, era uma criatura notável que habitava a Luthia do século 18, em uma região chamada Camberian. No entanto, sua singularidade não se limitava ao fato de ser um coelho falante, uma característica cada vez mais rara naquela época. Ele era um dos últimos de sua espécie a possuir a capacidade de pensar e falar como um ser humano.

A tragédia que levou Albion a se tornar parte do experimento de Chronos começou quando a região de Luthia enfrentou uma seca severa e prolongada. Os campos que costumavam ser ricos em vegetação e alimento para os coelhos começaram a secar rapidamente. Os recursos escassos resultaram em escassez de alimentos e água, e muitos coelhos em sua comunidade estavam morrendo de fome e sede.

Foi durante esses tempos sombrios que Albion desenvolveu seu bordão característico: "É tarde, É tarde, É tarde". Ele costumava proclamar essas palavras enquanto corria pelos campos em busca de alimento para sua comunidade de animais falantes, advertindo-os de que o tempo estava se esgotando para encontrar recursos antes que o inverno vulcânico se intensificasse.

Albion, sendo um dos coelhos mais inteligentes da comunidade, liderou incansavelmente sua família e amigos na busca por alimentos, mas as condições eram implacáveis. À medida que a seca persistia, a situação se tornava cada vez mais desesperadora. Ele viu todos os seus companheiros e familiares morrerem, um por um, incapazes de suportar a cruel fome e sede.

Foi nesse momento crítico que Chronos, o guardião do tempo, interveio. Ele viu Albion como o último sobrevivente de sua comunidade à beira da extinção e reconheceu a nobreza em sua luta pela sobrevivência. Chronos apareceu diante de Albion e ofereceu uma alternativa: a chance de viver em um lugar chamado o "País das Maravilhas", uma dimensão de bolso onde o tempo se comportava de maneira única.

Albion, o coelho solitário que havia testemunhado a morte de todos os que amava, percebeu que essa era a única chance de sobrevivência para ele. Ele aceitou a oferta de Chronos e, em um momento crucial, enquanto ele estava prestes a sucumbir à fome e à tristeza, o tempo foi congelado. Albion foi transportado instantaneamente para o País das Maravilhas, deixando para trás a devastação que testemunhara.

Chronos, o guardião do tempo, viu em Albion uma oportunidade única para seu experimento. Ele estava intrigado com a forma como Albion e sua comunidade enfrentavam a crise iminente, demonstrando coragem e solidariedade diante da adversidade. Chronos queria compreender mais profundamente como os seres vivos reagiriam quando confrontados com o esgotamento inexorável do tempo, quando suas vidas e esperanças estavam à beira do colapso.

No entanto, algo surpreendente aconteceu no País das Maravilhas, o plano paralelo criado por Chronos. Albion, sem o conhecimento de Chronos, encontrou o Gato de Cheshire, uma entidade misteriosa e um verdadeiro "glitch" nesse mundo atemporal. O Gato de Cheshire, com seu conhecimento peculiar sobre as distorções do tempo e do espaço no País das Maravilhas, ensinou a Albion a arte de abrir passagens que conectavam esse plano a lugares distintos do espaço-tempo.

Essas passagens secretas permitiram que Albion explorasse diferentes momentos da história e de outros locais, ganhando uma compreensão única da complexidade da existência e do tempo. No entanto, Chronos permaneceu inconsciente dessa aliança improvável e dos poderes recém-adquiridos de Albion, enquanto seu experimento no País das Maravilhas continuava a desenrolar-se.

Próximos Habitantes.

Gradativamente, Chronos foi recheando sua dimensão de bolso, o País das Maravilhas, com novos experimentos trazidos de cantos remotos do Multiverso. Ele trouxe criaturas únicas e fascinantes, algumas das quais eram, assim como o coelho branco, animais falantes. Tal qual uma lagarta azul, o último Dodo, Uma Lebre de Março e um lagarto e etc.

Entre elas estavam o eloquente grifo de uma linha temporal distante, onde essas criaturas evoluíram como uma raça dominante, compartilhando seus pensamentos e histórias com os visitantes; uma tartaruga zombeteira originada de um universo além das estrelas; um Jaguadarte, uma perigosa fera pré-histórica de tempos remotos que habitava as colinas de Thessal, trazendo consigo um passado misterioso e selvagem; borboletas que eram feitas de pão e se desfaziam em migalhas de doçura, evocando um encanto surreal; e uma miríade de outros seres que pareciam ter saído diretamente de sonhos e pesadelos, preenchendo o País das Maravilhas com uma diversidade infinita e um ar de mistério insondável. Cada uma dessas criaturas representava uma peça única no experimento de Chronos, oferecendo perspectivas e desafios únicos para o entendimento da vida, do tempo e da existência.

A Rainha de Copas.

Antes de sua chegada ao universo paralelo do País das Maravilhas, a Rainha de Copas era conhecida como Cordelia. Ela nasceu no coração de Luthia durante o século 15. Desde jovem, Lady Cordelia tinha uma curiosidade insaciável e uma sede inextinguível por poder. Ela começou a se envolver nas artes proibidas da bruxaria, especializando-se na animação de objetos inanimados. Suas experiências eram sombrias e frequentemente malévolas, o que lhe rendeu uma sinistra reputação em sua cidade natal.

Cordelia tinha uma obsessão peculiar por cartas de jogar e havia rumores de que ela se comunicava com elas por meio de sua magia, quando na verdade era apenas uma manifestação de sua mente deturpada. Cordelia nunca teve muitos amigos na infância, e o único gesto de bondade de seu pai, um homem bebado abusivo, foi lhe comprar um baralho de cartas. Ela acreditava que elas guardavam os segredos de seus desejos e ambições.

No entanto, seus experimentos com animação nunca tiveram sucesso. Em suas pesquisas e experimentos, ela descobriu que faltava um ingrediente fundamental para seu unguento de animação funcionar: uma receita alquímica proibida que podia dar vida a objetos inanimados, desde que fosse misturada com um ingrediente único - o coração pulsante de um verdadeiro amante.

Cordelia era conhecida por seu comportamento cruel, instável e agressivo, o que tornava praticamente impossível encontrar um amor verdadeiro. No entanto, isso não impediu uma mulher determinada como ela. Ela sequestrou um jovem chamado Victor e, através do uso de uma poção Lombardiana chamada "Amoretta", cujo efeito fazia com que quem a ingerisse se apaixonasse brevemente pela primeira pessoa que visse, ela pretendia usá-lo como a fonte inconsciente do ingrediente vital da poção.

Em um ritual distorcido, ela extraiu o coração de Victor enquanto ele ainda estava apaixonado por ela. O elixir que ela criou daria vida ao seu baralho de cartas de jogar.

A família de Victor o procurou incansavelmente e encontrou o esconderijo de Cordelia. Quando ela anunciou que Victor estava morto e que ela seria imparável, os aldeões incendiaram sua casa. Os ingredientes alquímicos criaram uma grande explosão que fez com que o fogo se alastrasse por todo o distrito da cidade e uma nuvem escarlate se espalhasse pelas ruas, intoxicando todos que respirassem, um evento apocalíptico de fato, que ficou conhecido como "A Névoa Escarlate".

No entanto, pouco antes de seu fim, Chronos, a personificação do tempo, interveio. Ele resgatou Cordelia de sua casa em chamas, junto com suas cartas amorosas animadas e "seu amado" Victor. Os aldeões sobreviventes da catástrofe, acreditando que ela tinha sido consumida pelo fogo, nunca suspeitaram que ela havia sido transportada para outro mundo.

Chronos viu Cordelia como uma sujeita intrigante para seu experimento, buscando entender como os humanos lidam com sua mortalidade. Sua obsessão pelo poder, sua busca implacável por seus desejos e sua disposição de explorar o amor para seus próprios fins a tornaram uma candidata ideal. Observando-a no reino atemporal do País das Maravilhas, Chronos visava obter insights sobre a complexa interação entre mortalidade, ambição e o coração humano.

Cordelia e Victor tornaram-se os primeiros habitantes humanos do País das Maravilhas, e sua chegada marcou o início de uma nova era no reino atemporal. Rapidamente, eles estabeleceram seu domínio sobre as terras e as criaturas que as habitavam. Chronos, o guardião do tempo, observou com atenção, sabendo que esse desenrolar dos acontecimentos era parte essencial de seu experimento. Ele estava ansioso para explorar a complexidade da mente humana e as dinâmicas de poder que surgiriam quando seres humanos fossem colocados em um ambiente sem as restrições do tempo convencional.

Cordelia, com sua ambição insaciável, logo se autoproclamou a Rainha de Copas, e Victor, ainda sem coração após o ritual sombrio, ficou ao seu lado como seu Rei. Juntos, eles estabeleceram um governo que não apenas refletia sua busca por poder, mas também explorava as nuances do relacionamento humano e do desejo de controle sobre os outros.

Chronos assistiu a essas transformações com fascinação, percebendo que os seres humanos eram o "prato principal" de seu experimento, a mente humana sendo a peça central de seu estudo. Enquanto Cordelia e Victor reinavam sobre o País das Maravilhas, Chronos mergulhava profundamente na análise de suas escolhas, emoções e ações, procurando desvendar os segredos mais profundos da existência humana.

Agora, nos confins enigmáticos do País das Maravilhas, Cordelia, conhecida como a Rainha de Copas, reina suprema. Suas cartas animadas a servem lealmente como soldados, servos e membros de sua corte. Ela reina ao lado de Victor, que sobrevive ainda sem coração, preso em um estado entre a vida e a não vida, como apenas uma marionete ao lado da Rainha, um reflexo de quem foi algum dia.


O Chapeleiro Maluco.

Theodor Hatta, um habilidoso chapeleiro do século 19, viu sua vida marcada por uma série de infortúnios inexplicáveis. Desde a trágica perda de sua filha até uma sequência de eventos desfavoráveis, Theodor sentia que o destino conspirava contra ele. O que ele não sabia era que Chronos, o misterioso guardião do tempo, estava por trás de todas essas adversidades, manipulando sua vida como parte de um experimento singular.

- Um misterioso vendedor pediu a Theodor para que ele fabrica-se um chapéu. Só que pediu para que no local do nitrato de Mercúrio ele utilizasse um estranho e exótico material. Um pó mágico. Theodor achou estranho, mas concordou. Já que o homem prometia pagar muito bem. 

- Theodor terminou a cartola, porém o homem nunca mais apareceu para busca-la. 

- A filha de Theodor brincou com o pó e desapareceu. 

Theodor foi o primeiro experimento escolhido por Chronos para ser influenciado em sua jornada. O interesse do guardião do tempo residia na exploração da natureza humana, especialmente nas reações diante das provações do tempo. Com esse propósito, ele criou o País das Maravilhas, uma dimensão de bolso meticulosamente controlada onde conduzia experimentos com seres humanos selecionados.

Sob a promessa de encontrar respostas e alívio para suas angústias, Theodor foi conduzido por Chronos ao País das Maravilhas. Lá, tudo estava sob o estrito controle do guardião do tempo, onde o tempo em si era um brinquedo em suas mãos.

À medida que Theodor explorava o País das Maravilhas, ele começou a desvendar o segredo por trás das peculiaridades do lugar. Percebeu que todos os seus habitantes eram marionetes em um espetáculo elaborado manipulado por Chronos. Eles eram cobaias em um experimento que mesclava tempo e realidade, testando os limites da sanidade e da compreensão humana.

Aos poucos, Theodor descobriu a verdade obscura sobre sua presença no País das Maravilhas e sentiu-se traído e indignado por ser uma peça em um experimento cruel e maquiavélico. Impulsionado pela dor, angústia e um desejo ardente de mudar seu destino, ele confrontou Chronos em um embate intenso e caótico.

Contudo, Theodor sabia que não poderia enfrentar Chronos em um confronto físico direto. Foi então que ele se lembrou das palavras de seu falecido pai, um velho relojoeiro, que costumava dizer que o tempo só nos tirava o que permitíamos que levasse. Theodor compreendeu o significado profundo dessas palavras e percebeu que, para deter Chronos, ele precisava se tornar o mestre de seu próprio tempo.

Theodor decidiu arriscar tudo e, em um jantar na corte das Rainhas de Copas, começou a agir por conta própria. Embrenhando-se em memórias de sua vida, ele desafiou as amarras metafísicas que Chronos mantinha sobre ele. Diante dos convidados perplexos, Theodor passou a aproveitar a vida sem objetivo, vivendo nos intervalos entre os segundos, proclamando o poema sem sentido "Pisca, Pisca Morceguinho..." Enquanto os convidados observavam confusos, sem entender por que o Chapeleiro Maluco estava desafiando o próprio tempo.

Chronos, enfurecido e determinado a interromper essa rebelião, tentou fazê-lo parar. Ele agarrou Theodor com força, insistindo que não havia tempo a perder. Theodor, agora emancipado das amarras do tempo, não recuou. Ele atacou Chronos, arrancando-lhe um dos olhos, desafiando a própria entidade do tempo com coragem e determinação. "De fato, não há tempo... Mas isso não precisa ser um problema!" proclamou Theodor enquanto retirava o olho de Chronos.

No entanto, o ato de rebelião de Theodor teve consequências imprevisíveis. Desencadeou uma ruptura no tecido do tempo e na própria existência de Chronos. O País das Maravilhas, que dependia da presença de Chronos para funcionar, entrou em colapso. Theodor e Chronos ficaram presos em uma batalha interminável dentro de um labirinto temporal distorcido, onde o passado, o presente e o futuro se entrelaçavam.

Theodor agora enfrenta a difícil tarefa de entender seu papel na teia do destino, enquanto Chronos, enfraquecido pela mutilação, busca desesperadamente uma maneira de recuperar sua plenitude e voltar a manipular o curso do tempo. O País das Maravilhas, privado de Chronos, permanece em estado de instabilidade, um lugar onde o tempo é uma espiral quebrada, e Theodor se encontra preso em um ciclo eterno de repetição.

O Gato de Cheshire.

Ao contrário das outras cobaias trazidas por Chronos para o País das Maravilhas, o Gato de Cheshire não é uma vítima selecionada para o experimento. Em vez disso, ele surgiu misteriosamente no próprio País das Maravilhas, como uma anomalia que não pode ser explicada nem controlada por Chronos
.
O Gato de Cheshire é uma entidade instável e enigmática, cuja existência parece transcender as fronteiras do País das Maravilhas. Ele tem o poder de se deslocar livremente entre diferentes realidades e dimensões, deixando apenas seu sorriso malicioso para trás como sua marca registrada.

Chronos fica intrigado com a presença do Gato de Cheshire, pois ele não consegue entender totalmente suas origens ou motivações. O Gato parece ser uma manifestação da própria essência do País das Maravilhas, uma criatura que personifica a natureza surreal e caótica desse reino. Sua existência não se encaixa nas regras do experimento de Chronos e, como resultado, Chronos não tem controle sobre ele.

O Gato de Cheshire se move à margem da realidade do País das Maravilhas, às vezes parecendo pertencer a outras dimensões ou realidades. Ele aparece e desaparece como um enigma, deixando todos perplexos com sua presença elusiva. Suas ações parecem ser imprevisíveis e suas motivações permanecem um mistério, mesmo para Chronos.

Chronos percebe que o Gato de Cheshire pode representar uma ameaça potencial ao equilíbrio do País das Maravilhas e às suas próprias experiências. No entanto, ele é incapaz de entender a verdadeira natureza do Gato ou como contê-lo. O Gato de Cheshire parece existir simplesmente porque o País das Maravilhas existe, uma manifestação das maravilhas e perigos que podem surgir quando se manipula o tempo e a realidade.

O Gato de Cheshire personifica o caos e a imprevisibilidade da própria existência. Sua capacidade de se deslocar livremente entre diferentes realidades e dimensões é um reflexo do caos que rege o universo. Sua presença no País das Maravilhas representa a natureza instável e surreal desse reino, onde as leis normais do tempo e espaço não se aplicam.

Ao reunir criaturas que estão relacionadas a eventos apocalípticos em um único local, Chronos busca entender como seres vivos lidariam com a passagem do tempo quando confrontados com a iminência de sua própria destruição. O País das Maravilhas torna-se um microcosmo de diferentes realidades e tempos, onde as criaturas são colocadas em situações extremas para testar sua resiliência e capacidade de adaptação.

O Gato de Cheshire, com sua natureza caótica e instável, representa o elemento imprevisível que Chronos não pode controlar completamente em seu experimento. Sua presença desafia as tentativas de Chronos de impor ordem e entendimento em seu projeto, lembrando-o constantemente das limitações de seu poder sobre o tempo e a realidade.

Assim, a existência do Gato de Cheshire no País das Maravilhas ressalta a complexidade e os perigos de manipular o tempo e as realidades. Enquanto Chronos busca desvendar os segredos do tempo, ele também deve lidar com a presença caótica e imprevisível do Gato, que representa a imensidão do desconhecido que ele está tentando compreender. A interação do Gato de Cheshire com as outras criaturas do País das Maravilhas cria um ambiente repleto de desafios e incertezas, onde a ordem e o caos coexistem em um equilíbrio delicado.

O Gato de Cheshire possui uma aparência enigmática e intrigante, que reflete sua natureza caótica e misteriosa. Sua forma física é fluida e maleável, permitindo que ele se transforme e desapareça conforme desejar. Geralmente, é representado como um gato de tamanho médio, com uma pelagem macia e brilhante de cor pálida, quase translúcida, como se estivesse em constante estado de mudança e evanescente.

Seus olhos, dois grandes e penetrantes globos amarelos ou verdes, brilham com uma inteligência incomum e parecem enxergar além das fronteiras do tempo e do espaço. O olhar do Gato de Cheshire é intenso e inquietante, transmitindo a sensação de que ele sabe de segredos cósmicos e mistérios profundos.

Sua boca estende-se de forma quase sobrenatural, em um sorriso largo que parece quase sobrenatural. Esse sorriso permanente e arrepiante é a marca registrada do Gato, simbolizando sua natureza perturbadora e sua habilidade de desaparecer e reaparecer à vontade. Quando ele sorri, seus dentes brancos e afiados podem ser vistos, aumentando ainda mais seu ar de mistério e intriga.

O corpo do Gato de Cheshire parece ter contornos indefinidos, com bordas que parecem se desvanecer em sombras e luz. Ele pode se movimentar de maneira suave e silenciosa, quase como se estivesse deslizando pelo ar, sem fazer nenhum ruído perceptível.

No geral, sua aparência é marcada pela ambiguidade e pelo aspecto fantasmagórico. Ele parece existir em um estado entre a realidade e o mundo dos sonhos, o que o torna ainda mais fascinante e imprevisível para aqueles que o encontram no País das Maravilhas.

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